Percy Jackson e o Filho de Zeus

09 – Lanchinho de Empousa


– Então, essa é a “flor”? – perguntei a Nico o olhando pelo retrovisor interno.

Annabeth começou a rir e eu a acompanhei. Nico ficou muito vermelho, parecia ser de raiva e de vergonha. Então eu acertei, a “flor” do Nico é a Ashley.

– Isso não tem graça. – disse Nico emburrado.

– Tem sim. – falamos Annabeth e eu juntos rindo mais ainda dele.

– Como se conheceram? – perguntei depois de parar de rir.

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Nico virou o rosto que estava muito vermelho. Me segurei para não rir de novo. Annabeth se virou para ver Nico e o cutucou. Ele olhou para ela e os dois ficaram se encarando. Annabeth desviou seu olhar sobre Nico e me olhou.

– Foi no ano passado...

– Annie, não. Isso é muito constrangedor. Por favor, não conte – disse Nico com os olhinhos do gatinho do Shrek.

– Ah que fofo. – disse Annabeth apertando as bochechas do Nico.

Devo dizer que me precipitei em sentir ciúmes da Annabeth com o Nico. Mais vendo agora é como se ela fosse uma irmã para o ele, que o está apoiando, dando conselhos, sendo uma amiga. Acho que era tudo que o Nico precisava, ter mais alguém que se preocupa com ele e o quer bem.

Nico tem poucos amigos no acampamento. Por ser filho de Hades é difícil para ele se socializar com os outros. Ele sempre fica perto das mesmas pessoas e é BEM difícil o ver conversando com outras pessoas que não sejam as mesmas de sempre.

Nunca tinha visto ele assim, feliz. Ver como ele cumprimentou Annabeth, sorrindo feliz. Quando ele conversava amigavelmente com a Ashley. É bom velo assim. Bianca deve estar feliz também, vendo que o irmão está seguindo em frente.

– Relaxa o Percy não vai contar a ninguém, né? – perguntou Annabeth me olhando.

– Claro. Ninguém vai saber. – disse sorrindo.

– Certo. – disse Nico emburrado e se recostou no banco.

– Quando Ashley chegou ao acampamento, ano passado, Quíron me pediu para lhe mostrar o acampamento. Depois do tour paramos parto do chalé de Hades. O chalé já estava pronto e ela achou interessante. Perguntou-me se ela podia ver. Disse que sim. Chamei pelo Nico e ele não respondeu, achei que o chalé estava vazio. Então... – Annabeth se virou para Nico, que estava ficando roxo. – Eu abri a porta e a convidei para entrar e lhe mostrei o chalé. Depois de mostrar o chalé para ela resolvemos ir embora, mais ai o Nico chegou e nem reparou que a gente estava no chalé.

“Entrou praguejando alguma coisa com fones nos ouvido e começou a tirar a roupa que estava cheia de lama. A Ashley ficou MUITO vermelha e tava com os olhos arregalados e eu me segurando para não rir da cara dela. Quando o Nico se virou para o nosso lado, que era onde estava o armário, ele travou e parou de respirar. Ele estava sem roupa. Nem uma peça.”

Freei o carro com tudo na estrada, o que foi uma sorte não ter mais ninguém na pista se não teria sido o fim do meu Maserati.

– Para tudo. Você viu o Nico pelado? – perguntei com raiva olhando mortalmente para Nico.

Annabeth revirou os olhos e Nico começou a rir como um condenado no banco de trás. Avancei em cima dele, mais como estava de cinto voltei para o lugar. Tirei o sinto, mas Annabeth me parou com suas mãos no meu peito.

– Calma Percy. Não vi nada de mais. – disse Annabeth tentando disfarçar o sorriso.

Nico parou de rir na hora e a olhava chocado. Agora foi minha vez de rir da cara dele e Annabeth me acompanhou.

– Nossa, magoou agora. – disse Nico ofendido.

– Não fica assim não, foi brincadeira. Tem tudo de mais. – disse Annabeth dando um beijo na bochecha do Nico.

Parei de rir. Nico deu um sorriso malicioso e se recostou sobre o banco como um vitorioso. Olhei para Annabeth intrigado e ela só riu de mim e me deu um beijo.

– O seu é mais. – disse Annabeth perto do meu ouvido fazendo meu corpo de arrepiar.

Abri um sorriso enorme e deu mais um beijo em Annabeth, que teria durado mais tempo se o Nico não tivesse nos separado.

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– Parou a agarração. Pode ligar o carro e voltar a dirigir. – disse Nico

– OK, continua a historia. – disse voltando a dirigir.

– Continuando. Ashley prendeu a respiração também quando viu o Nico sem roupa e eu vi os dois ficarem parados sem nenhuma reação, seus rostos mudavam de cor pela falta de ar. Comecei a rir muito, o que fez os dois voltarem a respirar e perceber o que estava acontecendo. Ashley virou a cara para outro lado e Nico correu para o banheiro e voltou com uma toalha em volta da cintura e pediu desculpa.

“Depois que consegui parar de rir apresentei os dois. E para descontrair comecei uma conversa amigável com eles, que depois de um tempo, conversaram normalmente sem ficar vermelhos de vergonha cada hora que um falava. Desde então os dois se tronaram grandes amigos assim como a gente.”

Olhei para Nico no banco de trás. Ele ficou imóvel o tempo todo que Annabeth contava o resto da historia. Devo dizer que teria rido ouvindo isso, mais minha namorada vendo Nico pelado, não é engraçado.

– Quanto tempo dura a viagem? – perguntou Nico mudando de assunto.

Essa foi uma ótima pergunta. Simplesmente entramos no carro e saímos. Sem nem pensar num plano de viajem. Bom, eu não pensei, mais com certeza Annabeth tinha pensado em um.

– Bom, a viajem deve durar umas 17 horas direto sem parar de Nova York até Orlando. Vamos fazer paradas de 3 em 3 horas, para comermos, fazer nossas necessidades e nos movimentar um pouco. Em cada parado nos dois trocamos de lugar, para não ficar muito cansativo. – disse Annabeth e eu concordei. – Agora são 7 horas e com as paradas deveremos chegar lá pelas 3 horas da manhã, vamos a um hotel descansamos um pouco e depois começamos a procurar, para completar logo a missão.

– E como vamos saber quem é? – perguntei.

– Quíron me disse que Zeus ia dar uma pista, um sinal. – respondeu Nico.

– OK.

Fizemos como Annabeth disse e parávamos mais ou menos 3 em 3 horas e nos dois trocávamos de lugar. Conversávamos sobre qualquer coisa, mais a maioria do tempo Nico ficou o ouvindo musica em seu iphone, Annabeth, quando não dirigia, lia um livro grosso sobre Arquitetura e eu, quando não dirigia, não fazia nada, ora ou outra conversa com um dos dois.

Na nossa terceira parada resolvemos parar na cidade de Charleston, Carolina do Sul. Já estávamos viajando há mais ou menos 12 horas, contando com os tempos de parada que foram quase de uma hora cada. Passava das 19 horas da noite, teríamos mais 7 horas de viajem pela frente depois dessa parada segundo Annabeth.

Parei em frente a uma lanchonete. Nico foi à frente e Annabeth e eu o seguimos rindo. O menino estava reclamando a um bom tempo que estava com fome, mesmo não fazendo muito tempo que tínhamos comido.

Entramos e procuramos uma mesa. O que não foi difícil de encontrar já que tinha poucas pessoas na lanchonete, fomos em direção a uma mesa perto da porta que entramos do lado esquerdo, sentamos e esperamos a garçonete vir nos atender.

Annabeth apertou forte minha perna, olhei para ela que indicou com a cabeça para trás de mim. Eu me virei e vi uma garçonete vindo em nossa direção mancando e com um sorriso maquiavélico nos lábios, ótimo estava bom de mais para ser verdade. Nico se mexeu desconfortável em sua cadeira, também percebendo a situação.

– O que vão querer? – perguntou a garçonete com o sorriso maquiavélico ainda estampado no rosto.

Fizemos nossos pedidos e ela se retirou. É assim que eles querem que a gente volte aqui, com uma garçonete que atende os clientes desse jeito. E ela nem é boa atriz para disfarçar esse sorriso e esse disfarce não engana ninguém.

– O que vamos fazer? Porque isso não é uma mortal. – disse Nico apontando para a onde foi à garçonete.

– É só uma. Podemos dar conta desse monstro. – disse eu dando de ombros.

– Faça as contas de novo, Cabeça de Alga. – disse Annabeth olhando para a onde foi à garçonete.

Virei e vi três mulheres mais pálidas que um zumbi, brancas que nem um giz. Olhos num vermelho vivo e no lugar de dentes presas. Devia ter desconfiado, empousai. As três pegaram arcos, não sei de onde, e nos mandaram um saraiva de flechas.

– Abaixem-se. – gritou Annabeth.

De relance vi Nico e Annabeth se baixarem. Annabeth me puxou para mais perto dela e empurrou a mesa fazendo dela um escudo. Podia ouvir varias flechas acertando a mesa, as pessoas gritarem apavoradas e saírem correndo, cacos de vidro cair do nosso lado, ainda bem que sentamos ao lado das janelas. Annabeth pegou uma das flechas que acertou a parede atrás de nos e a quebrou.

– O que pensa que esta fazendo? – perguntei intrigado.

– Não podemos sair daqui sem acabar com elas. – disse Annabeth.

Nico e eu assentimos e pegamos nossas espadas. “E vão fazer o que? Pular em frente a um monte de flechas que parecem não ter fim.”

– Apareçam semideuses, estamos querendo um lanchinho para completar nossa noite. – disse uma delas e as outras riram cúmplices.

– Elas não são nada espertas. – disse Nico.

– Sim, elas devem ser novas. Vamos fazer o seguinte. Nico você vai para a direita encostado-se à parede, cuidado com os vidros e pule a janela quebrada, uma delas ira atrás de você e Percy você corre pela esquerda chamando a atenção delas. Eu vou acertar isso... – disse Annabeth mostrando a ponta da flecha. –... no interruptor que esta na parede atrás delas e apagar as luzes, ai vocês dois as pegam desprevenidas.

– Você consegue acertar, mesmo sem ver exatamente? – perguntei, mais devia ter ficado calado.

– Sou melhor que você em pontaria Perceu. – disse Annabeth fria. Nico escondeu um sorriso e eu olhei mortal para ele.

– É claro que é. Então vamos. – disse não querendo complicar mais as coisas.

Annabeth rolou os olhos e se posicionou. Nico e eu trocamos de lado, já que eu estava à direita de Annabeth.

– Antes de a luz se apagar vocês prestem bastante atenção a onde elas estão. Agora. – gritou Annabeth.

Pulei sobre uma cadeira caída e comecei a correr pela lanchonete. Olhei para o lado delas e vi que elas estavam atrás do balcão. De relance vi Nico pular a janela.

– Ali. – gritou duas ao mesmo tempo.

Varias flechas vieram em minha direção e uma dela empousai foi atrás de Nico, como Annabeth disse, novidade. No segundo seguinte a luz se apagou. Annabeth consegui. Elas gritaram frustradas e eu parei de correr e olhei para o lado que elas estavam.

A pouca luz que vinha de fora deu para ver um pouco a onde elas estavam e eu avancei em direção a elas. As duas tiraram espadas de algum lugar e me atacaram juntas. Desvie da primeira e bloqueie a segunda. Girei meu corpo e acertei uma cotovelada nos costas da segunda a jogando em cima da outra.

Annabeth apareceu do meu lado e juntos avançamos nas duas. Ataquei a segunda empousa diretamente. Esta bloqueou meu ataque e tentou contra-atacar mais fui mais rápido e investi contra ela a desarmando e cortei lhe a cabeça. Em segundos ela virou pó.

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Olhei para o lado e a empousa que Annabeth estava lutando já tinha virado pó. Annabeth olhava para mim rindo. Arquei uma sobrancelha e como se perguntasse “O que foi?”

– Está lento, Cabeça de Alga. – disse Annabeth com um sorriso nos lábios.

Dei de ombros e entrelacei nossas mãos e fomos para a onde Nico estava. Chegando lá não tinha nem uma empousa, só vimos Nico no chão coberto de pó de empousa. Annabeth e eu começamos a rir.

– Isso não tem graça. – disse Nico emburrado. – Ela pulou em cima de mim, eu a acertei no ar e pufff... Pó de empousa em cima de mim.

Ajudei Nico a se levantar, que começou a se chacoalhar para tirar o pó de cima de si. Ouvi um barulho de sirene. Olhei para Annabeth que assentiu.

– Vamos sair daqui. – disse Annabeth me puxando em direção ao carro.

Entramos no carro e sai de lá o mais rápido possível.

– Entre na cidade, vamos para um hotel. – disse Annabeth.

– Tem certeza? – perguntei.

Tipo, não que eu não quisesse parar e descansar um pouco é que o quanto mais rápido pegarmos esse filho de Zeus mais rápido voltamos para o acampamento e poderemos curtir, ou estilo meio-sangue, nossas férias de verão.

– Sim. Estamos todos cansados da viajem, precisamos disso. – disse Annabeth.

– Eu concordo. Preciso de um banho. – disse Nico mostrando suas roupas ainda com um pouco de pó.

– OK. – disse eu.

Entrei mais na cidade e logo encontrei um hotel. Annabeth foi pegar as chaves dos quartos e eu e Nico a esperamos. Logo ela voltou com duas chaves, deu uma a Nico e a outra ficou com a gente. Fomos em direção aos quartos e nos despedimos de Nico.

– Banho. – disse Nico assim que entrou no quarto.

O quarto meu e de Annabeth ficava quase em frente ao de Nico. Entramos e Annabeth foi a primeira a ir tomar um banho, logo depois eu fui. Depois do banho, que devo mencionar que demorei um pouquinho, fui para a cama de casal que tinha no quarto. Annabeth já estava dormindo. Me aninhei a ela e em pouco tempo já estava dormindo.