Céu e Lua

I would not die


“Oh, so this trial of guts is for ME?

But nothing can make me afraid.

For no matter how many swift arrows pierce my flesh,

no matter if flames consume my body,

I would not die.”

Não sei que cara a professora fez depois daquilo que eu havia dito, no final não importava. Ela iria continuar naquele colégio, eu sabia onde encontra-la. No final, meus sentimentos iram alcança-la, como antes.

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Cheguei em casa, me surpreendi ao notar que a Neet não estava em casa. Apenas deixou um bilhete falando que havia saido para comprar roupas. Certo, certo.

Comi qualquer coisa que achei por lá e fui ver TV.

Não era o MELHOR passatempo, mas quando eu não tinha muito o que fazer eu simplesmente me jogava no sofá e ficava vendo os canais. Principalmente os que a Kaguya assistia, era divertido vê-la defender esses programas idiotas enquanto eu só apontava defeitos neles.

Queria que o tempo passasse logo e que amanhã chegasse. Iria para a escola, e mesmo que ela me evitasse, eu poderia ver seu sorriso ao passar pelas outras classes.

Claro que eu e o tempo temos uma certa richa, então ele nunca iria colaborar comigo.

Acabei dormindo, como sempre e quando acordei devia ser por volta das 2h da manhã.

Primeiramente fui comer alguma coisa, e depois fui ler. Isso iria me ajudar a passar o tempo.

Depois de ler uns dois livros, já era hora de ir para a escola. Nunca fiquei tão empolgada para ir para a escola. Acabei me arrumando mais do que o normal, mas nem liguei.

A Neet devia estar dormindo... bem tanto faz.

Corri. É, eu corri para chegar logo no colégio. No final acabei chegando bem cedo.

Fui para a minha classe, deixei minhas coisas lá e fui para o terraço.

- Keine-Sensei? – Disse surpresa em encontra-la lá.

- Mokou! – Ela derramava um pouco de suco na blusa, surpresa em me ver provavelmente.

- Como vai Sensei? Te assustei? – Andei até ela.

- Não, está tudo bem, não se preocupe. – Ela limpava a blusa.

- Desastrada? Que estranho. – Eu sorria.

- Você fala como se me conhecesse. – Ela suspirava.

- Mas eu te conheço.

- Você me conhece a menos de uma semana.

- Eu te conheço a milênios. – Eu a olhei seriamente. – Você não sabe como eu te esperei Keine.

- Pare de falar desse jeito! – Dava para notar o tom sério da voz dela.

- Eu te esperei Keine. – Eu peguei na mão dela. – Pode não acreditar, mas eu te esperei. Eu tenho estudado história para manter você viva dentro de mim. É por isso que eu só vou nas aulas de história. Era a única disciplina que eu podia ver você sorris sinceramente enquanto dava aula.

Ela apenas me olhou surpresa.

- Você está mentindo não é?

- Sinceramente, o que eu ganharia mentindo? – Eu suspirei. – Você pode não lembrar, mas eu me lembro. Se isso não for suficiente para você, eu irei criar novas lembranças junto de você.

- Mokou...

- Eu irei dedicar a minha vida inteiramente a você. Tempo não é problema para mim. Irei ficar com você para sempre.

- Você sabe que “para sempre” é muito tempo não é? – Ela olhava para mim decepcionada.

- É...mas não é um problema.

- Como assim? Um dia eu e você iremos morrer. – Ela olhava seriamente para mim.

- Você é tão ingênua.

Segui até a janela da entrada para o terraço e a quebrei. Conseguia ouvir a Keine se surpreendendo com o meu ato. Peguei um pedaço de vidro e me aproximei dela, mantando uma distância segura ainda.

- Eu simplismente não morro.

Cortei meu pulso com o pedaço de vidro, Keine olhava desesperada para mim. O sangue escorria, mas eu não me sentia fraca. Mesmo que doesse, a morte não vinha para mim. Depois de alguns minutos, simplesmente cicatrizou.

- O que foi isso agora? – Ela se afastava lentamente de mim.

- Eu sou imortal, Keine. – Olhei para ela com um sorriso. – Quando eu disse que esperei milênios por você, eu não estava brincando.

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Keine me olhava confusa e desesperada, conseguia ver um pouco de dó em seus olhos. Não me olhe assim, por favor. É esse olhar que eu não quero ver. Ela começava a chorar, não me pergunte a razão.

- Então, aquilo que você disse sobre me amar era verdade? – Ela enxugava as lágrimas com a mangá da blusa.

- Não é mentira.

- Sabe, quando eu te encontrei pela primeira vez, eu pensei “Que pessoa estranha.” – Obrigada pela informação. – mas mesmo assim eu sentia que já havia te visto. Depois de novo, aquele sentimento continuava a me perturbar. Quando me lembrava de você, acabava me recordando de um sorriso gentil e acolhedor, que eu simplesmente amava. – Ela olhava para baixo. – Eu simplesmente não sei o que dizer.

- Keine-Sensei. – Eu me aproximei dela pegando sua mão. – Eu só quero ficar ao seu lado, é pedir demais? – Enxuguei suas lágrimas com a manga da minha blusa.

Keine acabou me abraçando. Ficamos lá, durante algum tempo.

- Céu cinza. – Ela murmurava.

- Antes eu odiava esse céu cinza. Além da chuva e de tudo, ele parecia jogar na minha cara que eu estava sozinha. Mas agora não importa mais. – Segurei firme a sua mão, como eu já havia feito e sorri para ela.

E como presente, ela mostrou aquele sorriso que eu amava, e que poderia admirar novamente.

“Todo o ser vivo deve morrer, esta é a lei deste mundo.”

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.