Aviso: A partir de agora, até o fim da viagem de Peter e James, os capítulos conterão apenas duas narrações (ou seja: um capítulo vai ser só do James e do Peter, e no outro serão as narrações de Sirius e Remus). Boa leitura, reviews no fim!

Episode V

"Malas"

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Acabar de fazer as malas ates que mamãe tenha um surto aqui.

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Ouvindo: mimimi

- Está com seu sabonete? – minha mãe perguntou pela décima vez naquela tarde. Eu iria viajar no dia seguinte, e todos estavam reunidos no meu quarto para me ajudar a fazer a mala.

- Mãe, eu já peguei meu sabonete. Mas duvido que na casa do papai não tenha sabonete. – revirei os olhos. Já era ruim o suficiente sem as manias de super proteção da minha mãe, especialmente agora.

- Vai saber, ele só trabalha...

- Hey, toma aqui. – Sirius jogou uma pilha de roupas na minha direção, e precisei da ajuda de Pete para colocar tudo dentro da mala. Ele também estava de malas prontas, mas iria para a Irlanda nessa noite. Remus ficava olhando a gente trabalhar, deprimido.

- Que tal um lanche, garotada? – Roger sugeriu, e tentei sorrir. Embora não mostrasse, estava na cara que ele estava tão triste quanto a minha mãe. Se sentir meio meu pai era um costume dele, e essa viagem tinha vindo numa hora meio estranha. Não queria que eu fosse.

Fomos em silêncio até a cozinha, e minha mãe começou a preparar uns biscoitos.

- Engraçado, Adam nem mencionou o nome dessa noiva. – ela comentou aborrecida enquanto mexia a gosma que mais tarde seriam ótimos biscoitos. Suspirei a me debrucei na mesa, não agüentando mais esse falatório todo por causa do casamento. Queria que todos ficassem quietos sobre isso, mas parecia que o novo assunto mais legal e comentado do momento era esse. Exausto, me levantei.

- Vou dizer tchau para Lily.

- Querido! – minha mãe chamou, mas eu já tinha pegado a segway.

Cruzei pelas ruas respirando fundo até chegar à casa de Lily. Bati na porta e a Sra. Evans me recebeu com um sorriso. Ela é bem interessante, sabem. Embora seja meio doida de vez em quando (Remus disse que psicólogos chama de crise da meia idade) ela parece que lê os pensamentos das pessoas.

- James. – me chamou para dentro. – Fugindo da confusão, né?

- Aham. Lily está em casa?

- Está sim. Espera só um minuto... Bicho. – ela piscou. Viram o que quis dizer?

Sentei no sofá para esperar, e fechei os olhos. Como será ter uma família normal, que viaja junta nos fins de semana e joga videogame com você. O perfume da Lil chegou ao meu nariz (sério, imagine um cheiro bom. É o dela) e abri os olhos.

- Oi. – ela parecia triste também. Sentou do meu lado, e me abraçou.

- Prometa que não vai me trocar por alguma nova iorquina com piercing no nariz? – ela perguntou do nada, e olhei completamente confuso para ela.

- Porque eu iria...

- Emme disse que ela leu numa revista que garotos gostam de meninas com brincos pelo corpo, e que todo mundo em Nova York tem piercing.

- Lil, eu...

- Promete!

- Tá... Não vou trocar você por nenhuma garota de piercing no nariz em NYC.

- Ótimo. – ela pareceu mais aliviada. – Agora, as instruções.

- Nada de bebidas, nada de revistas pornográficas ou qualquer outro tipo de material maluco. – repeti. – Ah, e conseguir autógrafos de quantas celebridades eu conseguir incomodar sem apanhar dos seguranças.

- Isso mesmo. Ah, como vou sentir sua falta.

- Obrigado, por um segundo achei que fosse aproveitar que eu estava longe para sumir com as minhas cuecas do Super - Homem.

- Hum...

Arregalei os olhos. Ela não pode fazer isso!

- O que esse 'hum' significa?

- James, desculpa! Eu achei que você não iria se importar se elas simplesmente... Sua mãe disse também que...

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- UM COMPLÔ! – gritei, apontando para ela. Lily me olhou daquele jeito estranho que eu gosto (não sei como ela faz essa cara, então não vou descrever. É simplesmente uma versão feminina e ruiva da Carinha, só que feita por ela... Sei lá.).

- Você é paranoico, Jim. – ela sorriu enquanto eu me deitava no colo dela. Passou a mão pelos meus cabelos, e fechei os olhos relaxado.

- Devo ser, mas não consigo evitar.

- Fique tranquilo, vai ficar tudo bem.

- Sirius ficou chateado comigo por eu ir.

- Você duvidou que ele fosse ficar?

Suspirei pesado. Era a viagem mais longa que eu iria fazer para os Estados Unidos, e não conseguia imaginar que tipo de diversão ele teria por aqui. Quero dizer, a não ser Ashley, Marlene, Hilary e etc. Remus estaria trabalhando... Me senti culpado. Culpado por ter meus pais separados, por meu pai ser tão ausente, e por esse casamento estar acontecendo, mesmo eu não tendo culpa de nada.

- Não. – falei enfim, mas ela percebeu que eu estava deprimido. Senti seus lábios apertando nos meus de ponta cabeça, o que ajudou bastante (me senti o homem aranha, isso foi ótimo).

- Quer ficar aqui à tarde? – ela ofereceu, e eu abri os olhos. A proposta era tentadora

- Quero. Vamos jogas Wii?

Ela sorriu, e nos levantamos, correndo na direção dos controles (Roger comprou um Nintendo Wii para as meninas praticarem esportes, acredita? Só com esse ato de generosidade ele ganhou a admiração eterna de Emmeline, Dorcas, Fergie, Hilary, Lily, Marlene, Alice e etc. Esperto?).

- Sports? – ofereci, já selecionando. Lily sorriu astuta.

- Pode ser. Mas vamos jogar tênis.

- Ótimo.

Perfeito. Já vi que vou perder. Lily pegou o controle e selecionou as raquetes, estreitando os olhos daquele jeito louco e competitivo que ela faz (sério, um dia eu vou denunciar isso para a polícia. Ela quase me matou quando lutamos boxe), e engoli em seco.

- Tenha piedade, ruiva. – pedi, meio rindo meio preocupado. Lily colocou seu avatar na tela da TV e riu.

- Piedade com raquetes de tênis? Acho que não.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Somos o maior grupo do aeroporto.

Ouvindo: Voz do além

Passageiros do voo 95002, com destino a França, embarque pelo portão 4.

- Porque essas mulheres falam assim? – Remus perguntou enquanto meus pais despachavam minha bagagem. – Parece que estão quase dormindo.

- Ou que estão entediadas. – Sirius comentou. – Passageiros do voo qualquer coisa com destino ao quinto dos infernos, vão se ferrar porque eu odeio o meu emprego. Tipo assim, sabe?

Começamos a rir. Sirius consegue ser exagerado de vez em quando, mas estava disfarçando bem o fato de estar detestando a nossa viagem.

- Quanto vai durar? – James perguntou enquanto tentava se equilibrar no carrinho ao lado.

- Uma hora e meia, mais ou menos. – calculei. – É perto, não precisam se preocupar.

- Não estamos preocupados. – Remus falou rapidamente, como se eu não soubesse que ele estava preocupado demais. Remus não gosta muito de aviões. Uma vez ele disse que preferia remar da Inglaterra até o Uruguai do que pegar um avião, mas acho que não vai reclamar quando formos para a Comic – Com.

- Peter, vamos! – minha mãe chamou, e nós todos fomos até o saguão. Minha mãe armou um micro escândalo, e os caras do aeroporto os deixaram entrar para me esperarem ir.

- Nossa, todo esse pessoal vai para Dublin? – Remus olhou para as várias pessoas sentadas ali, e meu pai riu.

- Não, alguns vão para outros lugares. James vai esperar por aqui amanhã, não é, James?

Ele sorriu meio sem jeito, e Sirius fechou a cara. Como eu pensava. Quero dizer, não vamos demorar muito, mas vai entender.

Passageiros do voo 10565, com destino a Dublin, embarque pelo portão seis.

Todo mundo ficou em silêncio subitamente, e limpei a garganta, pegando minha mochila.

- Bom, pessoal... Hora de ir.

Minha mãe desatou a chorar e me abraçou.

- Fique bem por lá, ursinho. – ela soluçou enquanto me apertava, e afaguei os cabelos dela. Logo em seguida, meu pai sorriu.

- Sua primeira viagem sozinho, ursão. É tranquilidade, ok?

- OK.

Eles se afastaram um pouco, e James foi o primeiro a estender a mão.

- Não se esqueça de nós. E traga alguma lembrança.

- Não vou. – assegurei, apertando a mão dele para depois abraçá-lo. Remus tentou sorrir, mas ficou parecendo um louco com paralisia no rosto.

- Não precisam fingir que estão felizes. – o abracei e Sirius de uma vez só. – Vou trazer coisas legais de lá.

- Se não trouxer, não precisa nem voltar. – Sirius brincou, mas eu sabia que ele não estava bem... Erm... Preparado. Para ficar sozinho, digo.

- Vou trazer garrafas de cerveja.

Nós rimos, e uma aeromoça que iria me acompanhar durante a viagem chegou. Era bem alta e usava os cabelos louros presos num rabo.

- Peter Pettigrew?

- Sim...

- Sou a Srta. Johansson, da BMI companhia aérea. Vou acompanhar você.

- Se deu bem ainda por cima... – Ouvi Sirius sussurrar atrás de mim, e soltei uma risada nasal.

- São seus amigos? – ela perguntou gentilmente, e fiz que sim com a cabeça. – Já disseram tchau?

- Já. – Sirius sorriu charmoso, e ela sorriu de volta. Cara, ele não se toca.

- Vamos, então. – ela continuou sorrindo enquanto me guiava pelos ombros. Acenei para os garotos uma última vez, e vi os três acenando de volta. Vou sentir falta deles.

Entramos num tubo enorme que ia até o avião, e a Srta. Johansson tentou manter uma conversa.

- Quantos anos você tem?

- Quinze, mas vou fazer dezesseis em setembro.

- Que legal!

Ah, aeromoças ultra simpáticas.

- E você? Quantos anos você tem?– perguntei de volta, imaginando se ela se sentiria tão irritada quanto Dona Meredith ficou quando o entregador de jornais fez essa pergunta.

- Vinte e cinco. – ela sorriu. – Sou nova na empresa, sabe.

- Legal. Eu ainda não trabalho, mas meu amigo Remus vende fantasias.

- Interessante.

Chegamos ao avião, e vi várias outras aeromoças igualmente simpáticas demais acenarem. Tentei ser natural, mas estava me sentindo estranho. Fomos até meu assento, e a Srta. Johansson foi até o fim do avião para fazer os tais procedimentos de emergência.

- Atenção, Senhores Passageiros... – começou a mulher lá na frente, pegando uma sacola com várias coisas. Eu já conhecia esses métodos de trás para frente, porque Roger ficou imitando por horas todo esse discurso que ele aprendeu com a namorada aeromoça que ele teve.

-Flashback-

- Máscaras de oxigênio cairão automaticamente. – Roger puxou um fio invisível e colocou na boca. – Sinceramente, não dá.

- Ora, vamos. Alguma coisa aquela moça fazia bem. – o pai de Remus comentou, sem perceber que estávamos perto da janela.

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- Ah, fazia. – Roger sorriu malicioso. – Cara, aquela mulher sabia se virar em espaços pequenos.

John caiu na risada, e meu pai ficou vermelho até as orelhas.

- Vocês ficaram em que lugar, exatamente? – perguntou, se arrependendo logo depois.

- Sabe o armário embaixo da escada? – Roger riu do embaraço do meu pai, e John uivou (na época não sabíamos exatamente o que eles estavam querendo dizer, muito menos o uivo. Agora que compreendo, me arrependo mortalmente daquele dia).

- Isso sim é espaço pequeno! Judith só ficou comigo em uma maca, uma vez.

- Fiquei com uma dor nas costas danada depois, mas valeu a pena. – Roger riu. – Maca? Vou namorar uma médica, da próxima vez.

-Flashback-

- Boa viagem! – a mulher recolheu o material dela.

- Peter? – escutei uma voz atrás.

- Oi! – ri sem jeito para a Srta. Johansson.

- Quer alguma coisa?

- Quero. – disse meio hesitante. – Podia me dizer qual a dimensão de um armário embaixo da escada?