1977
Capítulo 34
A Última Batalha
- Saia da frente, Tio. – balbuciou Bellatrix, surpresa com a aparição surpresa de Oreon. Mas o bruxo estava irredutível.
- Saia da frente você, menina. – retrucou ele, ríspido. Em volta dos três, o duelo recomeçava e os feitiços voavam para todo lado. – Tenho coisas para fazer aqui. – E depois começou a correr na direção dos prisioneiros.
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- Estamos. – assegurou Mark
- Oreon! – exclamou Lorraine, abraçando o homem. Oreon olhou para Mark por trás dos cabelos de Lorraine, e o homem explicou:
- Disseram que você estava morto. Ficamos preocupados.
A mulher parou de abraçar Oreon, colocando as duas mãos em suas bochechas.
- Céus, você está bem?
- Estou. Vamos sair daqui, venham comigo.
Oreon começou a guiar o grupo pelo saguão até uma lareira, de onde mandou um por vez até a casa dos Potter. Quando Mark desapareceu, Oreon virou – se para trás e viu Bellatrix apontando a varinha para ele.
- Você escolheu o lado errado tio. Me desculpe. AVADA KEDAVRA!
Oreon desviou do raio verde, puxando a varinha a revidando. A mulher atirava maldição atrás de maldição nele, e estava cada vez mais difícil desviar delas.
- Cara, o que aconteceu com você? – perguntava James para Remus, que passava de comensal em comensal os atacando com as garras, e o maroto sorriu.
- Agora eu controlo a maldição, e não o contrário.
- MOONY! – gritou Sirius, lançando Rodolphus para longe. – Você é louco, cara!
Parecia que quanto mais eles imobilizavam comensais, mais chegavam. Um clarão verde ocorreu, e Avery, junto de seus comparsas, apareceu.
- Viemos ajudar! Black! – falou Barty, avançando para cima de Sirius. Mas antes que ele chegasse, Regulus entrou na frente.
- Você é meu, Crouch.
O duelo que se seguiu foi violento. Sirius se juntou ao irmão, e Avery foi ajudar Barty. Os flashes ricocheteavam pelas paredes.
- Estão mortos depois de hoje, Black. – Avery rosnou enquanto desviava de uma maldição lançada por Regulus. – O Lord das Trevas triunfará!
Ao lado deles, os Carrow andavam na direção de Lily, as varinhas empunhadas.
- Sangue ruim, tsk tsk. Porque se meteu com uma coisa tão grande para você, hein?
Lily se colocou em posição de ataque.
- Vou mostrar para vocês o que é ter o sangue ruim. Expeliarmus!
Amico bloqueou o feitiço, e apontou a varinha para Lily.
- Crucio!
Lily caiu no chão, ajoelhada e gemendo de dor. Hermione, vendo a cena, correu para acudi – la, mandando a varinha de Amico para longe.
- Impedimenta! – lançou ela, e Alecto foi lançada longe. Amico correu para ajudar a irmã, o que deu tempo para Lily erguer – se do chão e encarar o próximo comensal.
- Snape? – ela disse, olhando o garoto à sua frente. Ele, que não percebera que Lily estava li, olhou para trás, mas Hermione perguntou:
- O que foi? Está procurando ajuda para enfrentar duas sangues ruins?
- Vocês não...
- Vamos lá, Snape. – Lily disse, com frieza. O garoto olhou em volta, e viu seus colegas sendo derrubados, um a um, pelos aurores e membros da Ordem. Olhou para Lily novamente, e deixou a varinha cair no chão.
- Pode me matar.
Lily arregalou os olhos.
- Não quero matar você!
- Não quero mais fazer isso, Lily. – começou Snape, agachando no chão e abraçando os próprios joelhos. – Não quero ser desse jeito.
- Se quiser, ajudamos você. – ofereceu Hermione, se ajoelhando junto dele. Snape ergueu os olhos negros para Lily.
- Me ajuda.
Lily olhou em volta, e viu James e um comensal baixinho duelando. Depois, estendeu a mão para Snape.
- Vamos sair daqui, Sev. Vem logo!
Enquanto se levantavam, um barulho chamou a atenção de todos. Bellatrix e Oreon duelavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- AVADA KEDAVRA! – gritava Bellatrix, e um raio quase atingiu Oreon, que apontava a varinha para ela também.
- Avada Kedavra! – outro raio, dessa vez vindo da varinha de Oreon, quase atingiu Bellatrix.
- Você... Vai... Morrer! – ofegou Bellatrix, e lançou outra maldição nele. Logo após desviar do flash verde novamente, Oreon foi atingido por um raio branco, que o lançou longe.
Bellatrix olhou vitoriosa para o tio, caído no chão.
- Agora. – começou ela. – Vou poder fazer o que tia Walburga quer.
Regulus deu um passo para frente.
- Bella, não!
Mas a mulher parecia desesperada.
- Cale a boca, Regulus. Você é o próximo.
Regulus olhou desesperado para Bellatrix, e a mulher virou a varinha na direção de Oreon novamente. Sirius passou por Regulus, afastando o irmão, e ao invés de imitá – lo pedindo para que ela parasse, se lançou contra a prima, derrubando – a no chão.
- Você envergonha a família, sua louca! – Sirius urrava, ficando em cima da prima. Bellatrix, imobilizada completamente pelas pernas do primo, lançou um olhar insano para ele.
- EU?
Sirius apontou a varinha para o pescoço dela.
- Até hoje, você só fez os Black passarem vergonha, Bella. Você é louca, e a minha mãe também é.
- EU ENSINEI VOCÊ A ANDAR, SEU MOLEQUE IMBECIL. – gritou ela em resposta. Sirius riu alto e descontroladamente.
- VOCÊ? – gritou ele, pressionando a varinha mais fundo na pele alva de Bellatrix. – Vou mostrar a você a única coisa que você me ensinou durante toda a minha vida, Bella. AVADA KEDAVRA.
Harry e os outros arregalaram os olhos quando a luz verde envolveu a mulher, e ela nunca mais piscou. Ofegando e tremendo, Sirius saiu de cima dela.
- Adeus. – e depois foi até o pai – Está bem?
Oreon segurou a mão do filho e se levantou, sorrindo.
- Estou orgulhoso de você, garoto. Obrigada por me salvar.
Sirius sorriu de volta para o pai, mas as comemorações não duraram muito. Enquanto todos gritavam de alegria pelos comensais derrubados, uma voz fria ria alto.
- Ora, ora. – Voldemort disse, aparecendo de dentro do elevador do ministério. – Dizem que a alegria dura tão pouco.
- Você. – Harry disse, se aproximando de Voldemort. James correu e emparelhou com o garoto.
- Que meigo. – o bruxo ironizou, rindo. – Pai e filho. Um deles eu já matei uma vez. O outro, ora, é uma questão de tempo.
- Você é louco. – disse Harry, e Voldemort riu mais alto.
- Eu? Eu nunca juntei um grupo de adolescentes e fui perseguir pessoas mais fortes que eu, menino. Aliás, sou muito mais esperto que isso.
- Você que pensa. – disse James, e ergueu a varinha – Expeliarmus!
Voldemort bloqueou o feitiço, e olhou para James. Harry tentou se aproximar do pai, mas o maroto olhou nos olhos dele.
- Não se intrometa. Ele é meu.
Harry sentiu seu sangue gelar quando os dois começaram a duelar.
- O que acha, Potter? Eu vou destruir tudo o que você mais preza... – Voldemort disse, lançando uma maldição. James desviou, e lançou outra em resposta.
- Impedimenta!
- Você é muito tolo. Todos vocês são. – Voldemort riu, desviando a azaração. – Será que não compreende, James? Vocês perderão tudo. Tudo que vocês mais amam, está morto. Será que vale a pena arriscar perder a sua vida antes me enfrentando?
- Eu tenho um motivo para querer ganhar, Voldemort. – James rosnou, lançando um feitiço. Ele e Voldemort agora se espreitavam como dois cães, prontos para um duelo. Os feitiços que lançavam explodiram a fonte dos irmãos mágicos num canto, fazendo o restante dos membros da Ordem recuar, só sobrando os dois no meio do saguão.
- Um motivo? Olhe em volta, garoto. Assim que eu matar você, torturarei todos que o apoiaram, e você verá o que é um motivo para lutar. Especialmente aquela garota sangue ruim que você tanto ama...
- FIQUE LONGE DELA! – James gritou, se lançando contra Voldemort. O bruxo, pego de surpresa pelo ato repentino, foi derrubado no chão, e a maldição que lançou quebrou o lustre principal no lugar, fazendo as velhas caírem e formarem um círculo de fogo.
Iluminado apenas pelas chamas que dançavam em volta deles e com o som dos gritos dos outros em seu ouvido, James ergueu a mão e socou o nariz de Voldemort.
- Você se orgulha tanto do seu poder, bruxo velho. – e deu outro soco. Voldemort tentou empurrá – lo para longe, mas James ergueu a varinha e urrou. – SENTE ISSO, SEU VELHO? ISSO É UM SOCO, DO JEITO TROUXA DE FAZER AS COISAS!
- Você... É ridículo. – Voldemort ganiu, erguendo a varinha. Mas James já tinha a sua na mão.
- AVADA KEDAVRA! – gritou ele, e o raio atingiu o bruxo em cheio no rosto.
Harry, com a ajuda de Ron, abaixou as chamas, e encontrou James em cima do corpo de Voldemort, tremendo. Harry foi até o pai e o abraçou, sentindo James soluçar entre seus braços.
- Eu vou viver, garoto! – ria e chorava ao mesmo tempo. Harry começou a sentir o estômago embrulhar e se afastou do pai.
- Obrigada, James. Você salvou todos nós.
- Harry, vamos! – chamou Hermione, e Harry percebeu que a imagem da amiga estava embaçada. Olhou para os membros da Ordem.
- Todos nós salvamos. Mas terão de esquecer.
- Nós iremos, Harry. Fique tranquilo. – Dumbledore sorriu. – Creio que tem que voltar, não?
Harry olhou para todos, e viu Sirius e Marlene abraçados. Remus acenou para ele.
- Obrigado, Harry. Você mudou tudo mesmo. – e depois abraçou Dorcas. James, de mãos dadas com Lily, se aproximou.
- Obrigado mesmo, garoto. Acho que nos vemos daqui a pouco, né?
Harry sorriu, e abraçou os dois.
- Até daqui a pouco, então.
- Estou orgulhosa disso tudo. – Lily sorriu. Harry sentiu a náusea aumentar e a última coisa que viu antes de partir foi Regulus gritando:
- ESPERE ATÉ AMELIE DESCOBRIR QUE SOU UM HEROI! ADEUS, HARRY, E OBRIGADO!
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