Clan Of Vampires - The Letter

15 Entre a Cruz e a Espada


(BIIIP BIIIP) (BIIIIP)

Senti meu celular vibrar no bolso do casaco – peguei. Abri e notei que tinha uma mensagem de texto, pertencia ao Tony.

– Mensagem – eu disse.
– E o cão fareja a caça! – Eu bufei e ignorei o estranho e desnecessário comentário de Lucas Oliver.

Me liga imediatamente! Estarei esperando ao lado do telefone. Precisamos conversar e esclarecer algumas coisas entre nós. Você está no Memórias? De qualquer forma, se você ainda se importar, Eu te amo.

Tony

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Mesmo nessa distância, Tony conseguia me apavorar. Eu precisava sair dali imediatamente. Minhas mãos tremelicaram como nunca, enquanto eu guardava o celular de volta no bolso do casaco. De forma atrapalhada
peguei minha mochila, tirei o dinheiro e joguei a nota em cima da mesa. Lucas entortou os olhos na minha direção e ficou sério. Quando eu estava
prestes a sair dali, ele fisgou meu braço.

— O que aconteceu?
— Minha ruína foi o que aconteceu. Me larga!
— Eu pago. – disse enfiando o dinheiro no bolso do meu casaco. — E está longe de ser a sua ruína, pode escrever.— a seriedade com que ele falava me assustou um pouco.

Ele ergueu-se, impenetrável.

— Veja em outros tempos, eu arranjaria uma bronca com você, por querer bancar o cavalheiro e pagar a conta pra mim, mas agora estou apressada demais pra isso. Então, nos vemos depois! tchau.

Lucas consentiu e acomodou-se novamente na cadeira. Eu o deixei pra trás, transtornada. Então, enquanto caminhava em direção a casa de Tony, voltei a acender meu celular e com dificuldade, disquei o número de Tony. Era complicado por que meu estado de nervos estava dos piores. Enquanto fazia isso eu tentava não esbarrar ou trombar com as pessoas na calçada - quase impossível. Errei o numero três vezes, contudo, na findada tentativa eu consegui êxito. Vi os números refletirem coloridos na pequenina tela preta.

(Entre a Espada & a Cruz)

— Alô? – atendeu.

— Oi Tony. Está tudo bem? Eu recebi sua mensagem.

— Legal. – respondeu estéril. – E ai?

— Bom... – fiz uma pausa -... Estou querendo ir para sua casa, conversar com você. É possível?

— É sim – sua voz pareceu mais calorosa, como o sol. – Estou esperando por você. Onde você tá agora?

— Estou na sua rua. – respondi quase sem fôlego.

— Estou indo te encontrar. Eu te amo, tchau. – desliguei.