O Esquecido

A guerra-parte 2


—Oh meus deuses—Annabeth murmurou.

Era um polvo monstruosamente enorme, feio e muito fedido. Ele soltou um rugido alto e o chão tremeu. Imediatamente alguns filhos de Apolo começaram a disparar flechas, mas estas batiam na pele do monstro e caíam no rio. O Kraken começou a mover os tentáculos, tentando derrubar os campistas. Mesmo com aquele monstrengo ali, os outros monstros continuaram a atacar.

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—Por que os deuses não nos ajudam? Eles poderiam derrotar essa coisa num minuto! —eu disse indignado.

—Como pedaços de seus símbolos de poder estão sumidos, o poder deles está fraco e eles não poderiam ajudar—Annie apareceu ao meu lado.

Quando eu terminei de pulverizar uma empousa um dos tentáculos quase me esmagou, mas eu rolei para o lado segundos antes. Como eu era o líder, decidi agir e lancei alguns comandos:

—Megan, Annabeth, tentem cortar os tentáculos do monstro! Arqueiros, não parem de atirar! Jenna, ajude Annie e Meg! Espera... —eu olhei ao redor, mas não vi Jenna em lugar algum.

Todos obedeceram os comandos e logo um tentáculo do Kraken estava cortado. As flechas continuavam a bater em sua pele sem causar nenhum dano e a cair no rio. De repente, o tentáculo cortado começou a crescer novamente, para a nossa falta de sorte. Então ouvi uma voz em minha cabeça:

—Percy, tentar matá-lo com flechas não vai dar certo—a voz masculina disse—Sua pele é dura demais. O único ponto vulnerável é entre seus olhos.

A voz não falou mais nada e uma ideia me atingiu. Logo eu estava gritando comandos de novo, acabava de descobrir como matar aquela monstruosidade. Percebi que Olívia havia voltado para a batalha, e logo pus meu plano em ação:

—Olívia, eu sei como matar o Kraken—disse chegando perto da garota—Preciso que você o distraia quando eu lhe der o sinal.

—Pode deixar—ela respondeu com um sorriso.

Corri até Annabeth.

—Annie, quando eu der o sinal ajude Olívia a distrair o Kraken.

Ela assentiu e fui até minha irmã.

—Meg, venha comigo—fomos até a beira do rio sem o monstro nos notar—Quando eu der o sinal, quero que cante o mais alto que puder, fazendo uma tromba d’água me levantar, está bem?

Ela assentiu, nervosa.

—Você vai ficar bem aqui em baixo?

—Vou.

—Eu te dou cobertura—Alex apareceu e os dois trocaram um sorriso.

—Annabeth, Olívia, agora! —gritei para as duas, que começaram a gritar para o monstro.

—Ei, seu fedorento! —Annie gritou e o polvo gigante se virou para ela.

—Você acha que é um monstro todo poderoso? Que nada! É só um polvinho que deve estar soltando litros de tinta de medo! —Liv gritou e o Kraken pareceu ofendido, pois começou a tentar acertar as duas com os tentáculos nojentos.

Quando vi que ele estava distraído, pulei no rio (nojento, eu sei, mas tive que fazer isso) e gritei para que minha irmã começasse a cantar. E ela cantou uma melodia rápida e alta, e não muito tempo depois comecei a ser carregado para cima por uma grande quantidade de água. Assim que cheguei a uma altura boa pulei em cima da cabeça do Kraken. Ele percebeu que eu estava ali e começou a se mover para que eu caísse. Mas eu resisti e aos poucos fui rastejando até seu ponto fraco. Mas quando eu estava quase enfiando a espada ali, ele sacudiu com força e eu escorreguei, mas não caí. Eu consegui me agarrar em uma escama (é, bem nojento) e subir de volta. Então, cravei a espada em seu ponto fraco e ele soltou um gemido, e depois virou pó dourado. Eu caí no rio, mas como sou filho de Poseidon isso não me prejudicou e subi de volta à rua. Os campistas continuavam a lutar arduamente, mas com sorrisos no rosto. Os monstros não paravam de renascer, mas os guerreiros não se davam por vencidos. Percebi que o homem havia sumido, e resolvi ir atrás dele. Me esgueirei pelo campo de batalha, desviando de todos os ataques que recebi. Mas eu não vi outra pessoa de capuz e capa vermelha, me olhando da esquina. E eu também não vi a flecha que ela atirou. Aquela flecha teria acertado justamente meu ponto fraco, e teria me matado com certeza, mas ao invés de mim, outra pessoa foi ao chão.

—Megan!—ouvi Olívia gritar e me virei, apenas para ver minha irmã caída no chão com uma flecha cravada no ombro. Corri até ela.

—O que aconteceu?

—Uma flecha a atingiu—Liv disse—E a julgar pela cor, tem veneno!

Alguns campistas se reuniram em volta, incluindo Alex, Annabeth e Adam.

—Por que você fez isso? A flecha era para mim!—falei.

—Você me prometeu que continuaria vivo. Tem que cumprir a promessa—Meg respondeu com um fio de voz—E eu não pude deixar a última parte do sonho se realizar. Eu preciso de um irmão, Percy.

—Olívia!—alguém disse. Quando olhamos para a garota, ela estava ajoelhada no chão, pressionando o corte na perna enquanto a atadura se tingia de vermelho.

—Liv, você tem que ir para a enfermaria!—disse.

—Não, Percy. Eu quero lutar. Se eu continuar a pressionar vai parar de sangrar, eu consigo lutar.

—Olívia, escute o Percy—Annabeth disse e se virou para os campistas ao redor—Levem as duas para a enfermaria, rápido!

—Ah, Percy, só mais uma coisa—a filha de Apolo disse enquanto se apoiava em um filho de Hefesto que a levaria para a enfermaria—Mate esse desgraçado.

Assenti e me levantei. Decidido, comecei a andar na direção do Empire State, onde o deus provavelmente estaria. Ele machucou meus amigos, causou a guerra toda por uma coisa boba, matou Lilly, mandou Nico e Olívia para a enfermaria e minha irmã para a beira da morte. E eu me vingaria. Ah, sim, eu me vingaria.

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