A Lenda da Lua

Capítulo XXXIV - Toda história tem um início (p2)


XXXIV. Toda história tem um início (parte II)

POV Narrador

Os Cullen olharam na direção do cavalo e Edward logo o reconheceu, era o mesmo que ele ajudara há algum tempo atrás. O animal estava ferido quando o vampiro cuidou dele. Pode parecer estranho um vampiro vegetariano cuidar do que seria sua comida, mas algo naquele animal não o fazia querer se alimentar. Era como se soubesse que ele traria a sua felicidade.

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Notaram que montado ao cavalo estava uma pessoa. Mas quem seria? Estava com os braços jogados para o lado e uma capa marrom escuro cobria todo seu corpo, as únicas coisas que apareciam eram suas sapatilhas e o final do vestido que estava totalmente sujo de terra.

Os vampiros se aproximaram, mas o animal afastou-se, seu instinto dizia para sair de perto.

- Hey, calma sou eu... Venha. – murmurou suavemente Edward dando um passo à frente, sua família o olhou intrigada e lhe fazendo perguntas por pensamento. – Esse é o cavalo que eu cuidei há um tempo atrás de que eu lhes disse. – explicou ainda fazendo sinal com a mão para que o cavalo se aproximasse.

Ao perceber que encontrara quem estava procurando o animal de pelos negros se apressou a chegar mais perto do amigo e virou de lado para que ele ajudasse a princesa em suas costas.

Bella por um breve momento retomou a consciência e ergueu um pouco a cabeça, só pode enxergar um par de olhos cor de mel esverdeado antes que sua visão voltasse a ficar turva e a imagem do homem de pele clara se tornasse apenas um vulto.

Antes que voltasse a inconsciência ainda pode ouvir uma voz aveludada lhe perguntando.

- Você está bem? – mas não ouve tempo de responder, seus olhos fecharam-se e seu corpo amoleceu.

Edward sentiu-se estranho ao perceber aqueles lindos olhos cor de chocolate o encararem com as pálpebras pesadas. Em toda sua vida nunca imaginou encontrar uma garota tão bela quanto ela. Estava completamente encantado com a figura a sua frente. A garota ao desmaiar novamente tendeu o seu peso para o lado e escorregou do cavalo, o vampiro a segurou no colo e só então percebeu no pescoço da jovem um colar delicado com um pingente da Lua, só então notou que não se tratava de uma simples garota e sim de uma garota da Lua.

Bella estava completamente encharcada e com ferimentos por todo o corpo, a maioria deles internos. Seu vestido de cor creme estava marrom tamanha a sujeira que o encobria, o seu corpete marrom escuro de couro ainda em perfeitas condições.

O cavalo virou-se para olhar a amiga e relinchou para Edward como quem pedisse que a ajudasse. O vampiro entendeu o recado e virou-se para a família.

- Ela está ferida Carlisle... Muito fraca.

- Vamos levá-la para casa, lá cuidaremos dela. – disse o médico se aproximando, mas Trovoada se pôs na frente relinchando para protegê-la.

- Tudo bem eles são amigos. – disse Edward suavemente e o animal como se entendesse se pôs do outro lado do amigo dando passagem para que os vampiros se aproximassem.

- Ela é linda... – comentou Esme passando as mãos sobre o rosto da garota e percebeu que ela estava muito fria. – Ela está muito gelada é melhor a levarmos logo para dentro.

Edward assentiu e começou a correr sendo seguido da família, Trovoada ia junto ao seu lado acompanhando seu ritmo sem nenhum problema.

O vampiro entrou em casa ainda correndo e colocou a princesa na cama do quarto de hospedes, logo Alice entrou no quarto acompanhada de Rose.

- Saia Edward, nós vamos colocar uma roupa seca nela. – expulsou Rosálie com seu jeitinho carinhoso.

Edward sentiu nos seus braços um vazio quando a soltou, como se tivessem tirado uma parte do seu corpo. Ele desceu até a sala onde estava o resto de sua família.

- Vocês viram à corrente, é uma garota da Lua. – disse Emmett para Jasper, Esme e Carlisle.

- Nossa Edward! Não tinha alguém que morasse mais perto para você se interessar não? – perguntou Jasper em um misto de sarcasmo e divertimento.

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O vampiro franziu a testa sem entender o que o irmão estava falando. Quando viram a confusão em seu olhar os quatro vampiros gargalharam.

Edward fechou a cara e falou amargo.

- Sem querer atrapalhar a piada, mas tem uma garota ferida no quarto de hospedes!

- Ok! Entendi, estou indo. – disse Carlisle segurando o riso e correndo até a princesa.

[...]

- O que ela tem? – perguntou Edward escorado a porta do quarto olhando Carlisle a examinar.

Rose e Alice estavam sentadas na beira da cama observando.

- Não entendo como conseguiram ferir tanto essa pobre garota, provavelmente ela foi torturada e conseguiu fugir com a ajuda daquele cavalo, o que é uma coisa rara, pois aquela espécie é muito arredia. – comentou Carlisle.

O médico abriu um pouco os olhos de Bella para examinar, mas se assustou ao constatar a cor deles. Edward ao ler a mente do pai arregalou os olhos.

- O que foi pai? – perguntou Rose ao ver o vampiro paralisado e sem reação.

- Ela não é apenas uma garota da Lua. – disse Edward atônito. – É a princesa de lá.

Assim que os demais ouviram isso subiram as escadas correndo até o quarto de hospedes.

- Como pode ter certeza Carl? – perguntou Esme sentando ao lado de suas filhas.

- Charlie me contou certa vez que a rainha teve dois filhos, o que seria impossível para espécie deles, e o segundo filho era uma garota, mas ela nasceu com os olhos castanhos e quase sem poderes, então muitos súditos do reino se voltaram dizendo que ela era uma farsante.

- Isso explica a tortura. – disse Edward entre dentes.

- E o que fazemos agora? – perguntou Emmett.

- Cuidaremos dela oras! – disse Alice com tom obvio.

- Sim, mas temos que avisá-los, se a princesa está aqui na Terra e ferida então algo grave está acontecendo por lá. – ponderou Carlisle.

Após essa conversa, Carlisle mandou seus filhos Emmett e Jasper irem até a Lua e avisarem Charlie do ocorrido. A viajem até o portal levava um dia mesmo com a velocidade vampiresca, então os dois saíram da casa na mesma hora.

[...]

Já fazia 24 horas que Bella ainda estava dormindo e todos estavam impacientes para que ela acordasse logo.

- Tenham calma, ela está muito machucada é normal que demore a se recuperar. – dizia Carlisle sempre que encontrava alguém de sua família na porta observando.

Já era noite quando Alice avisou que ela iria acordar em pouco tempo. Esme correu até a cozinha preparar algo para a princesa se alimentar, os outros foram para o quarto esperar Bella abrir finalmente os olhos.

Alice e Rose sentaram ao pé da cama em quanto Edward ficou encostado na passagem da porta e Carlisle foi buscar sua maleta para fazer alguns testes.

Bella abriu os olhos lentamente, enxergou o branco do teto e sentou-se na cama, mas ao avistar aquelas vampiras a sua volta se assustou e grudou suas costas na cabeceira da cama com os olhos esbugalhados e o coração disparado.

- Calma, não vamos machucá-la princesa. – disse Alice com seu melhor tom, o medo da garota ainda não havia ido embora.

James a deixara muito assustada.

- Como se sente? – a voz rouca ecoou pelo quarto e seu coração bateu em falso, só então Bella lançou seu olhar para a porta e avistou o ser mais lindo que já vira em toda sua vida: O vampiro com os cabelos com de bronze e olhos penetrantes.

A princesa ficou presa em seu olhar, assim como ele ficou preso no olhar dela. As duas vampiras soltaram risinhos, mas nenhum dos dois ouviu estavam perdidos de mais para se preocupar com o mundo exterior.

- Então, majestade? Como se sente? – perguntou Carlisle atrapalhando o momento, Bella desviou o olhar do vampiro e olhou para as mãos corando.

Edward também desviou o olhar meio confuso.

- Vejo que já está até mais corada, isso é bom. – completou Carlisle e a princesa ficou quase da cor de um tomate.

As vampiras gargalharam.

- Perdi alguma coisa?

- Onde eu estou? – perguntou Bella com a voz rouca e baixa.

- Você está em minha casa, na Terra... Meu nome é Carlisle Cullen, sou amigo de Charlie. – explicou.

Bella assentiu e voltou a ficar em silêncio.

Esme entrou no quarto com uma bandeja com um prato de sopa e um copo de suco de laranja.

- Deve estar com fome querida... Não temos muita comida aqui em casa, mas consegui algumas raízes na horta e umas frutas no pomar...

Bella viu em Esme o mesmo coração de sua mãe e não pode deixar de esboçar um sorriso tímido com a gentileza da vampira e assentiu levemente. Esme pôs a bandeja no colo da princesa que tratou logo de tomar um belo de um gole de suco, sentia sua garganta seca, depois começou a tomar a sopa lentamente, seus braços estavam doloridos e estava sem firmeza nas mãos.

- Vamos deixá-la se alimentar. – disse Esme puxando suas filhas que fizeram bico, mas trataram de arrastar Edward junto.

No estômago de Bella não entrava nada além do que três colheradas de sopa.

- Desculpe, não consigo mais comer. – disse ela a Carlisle que procurava o estetoscópio em sua maleta.

- Não se preocupe você passou muito tempo sem se alimentar é normal que não consiga ingerir muita coisa... Agora me diga o que sente?

Depois de examiná-la Carlisle concluiu que a maioria de seus ferimentos eram internos e o que ela precisava era de repouso absoluto. Bella assentiu e após terminar o suco de laranja deitou-se novamente, mas não conseguiu dormir já que certo vampiro não saía de sua cabeça. “O que esta acontecendo comigo?” se perguntava.

[...]

Finalmente Emmett e Jasper chegaram ao portal e o atravessaram chegando a Lua.

O portal era um tipo de portão, do qual era possível viajar entre as dimensões, no caso deste portal, entre a Lua e a Terra. A viagem era rápida, apenas alguns minutos.

Os irmãos ao chegarem ao local desejado ficaram extremamente encantados, a Lua era muito parecida com a Terra nada comparado ao que viam de sua casa, não era apenas um astro prateado e sim um lugar cheio de natureza, mas quando eles olharam o céu ficaram fascinados ao ver o seu planeta azul, algo de beleza inimaginável.

Mas eles não podiam perder tempo admirando a beleza do lugar, precisavam avisar quanto antes à família real.

Os vampiros correram em direção ao castelo, mas não conseguiram entrar, pois guardas estavam espalhados em torno do palácio proibindo a entrada de qualquer um.

- Pode chamar o Charlie, por favor? – pediu Jasper a um guarda no portão.

- Qual o assunto? – perguntou o guarda mal educado.

- É particular, poderia chamá-lo, diga que são os Cullen. – disse Jasper perdendo a paciência e colocando medo no guarda para que ele fosse logo.

O plano funcionou, pois após engolir seco o guarda correu para dentro do castelo para chamar Charlie e o vampiro logo apareceu.

- Como vão garotos? É bom vê-los, mas não é um bom momento estamos a procura da... – disse Charlie empurrando os dois vampiros para dentro do palácio.

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- Princesa. – completou Emmett e Charlie paralisou e voltou sua atenção para os dois irmãos.

- Sabem da situação? – perguntou intrigado, não podia imaginar que as noticias já haviam chego na Terra.

- Não sabemos tudo, mas temos informações sobre ela. – respondeu Jasper.

- Sigam-me. – ordenou Charlie e correu até a família real sendo seguido dos irmãos Cullen.

Assim que os dois se depararam com a família real fizeram uma reverência e então Charlie começou a falar.

- Arthur esses são filhos de Carlisle Cullen, meu amigo da Terra que me ensinou a me alimentar de animais, Jasper e Emmett. – apontou para cada um e o rei assentiu. – Eles têm informações sobre a princesa. – completou e Anita se aproximou rapidamente pedindo desesperada.

- Por favor, digam o que sabem!

- Calma Anita, digam, por favor. – o rei abraçou sua mulher e a mesma depositou seu rosto em seu peito.

- Na verdade sabemos onde ela está... – começou Emmett e o príncipe o cortou impaciente.

- Digam logo oras.

- Ela está em nossa casa, na Terra. – disse Jasper após acalmar os corações que batiam em desespero. – Estávamos em uma clareira quando vimos um cavalo negro se aproximar, ela estava desacordada em cima dele e muito ferida, então nós a levamos para casa e Carlisle está cuidando dela agora, ele achou perigoso nós a trazermos devido ao seu estado debilitado.

- Oh! – soltou a rainha em um misto de alivio e preocupação. – Vamos buscá-la. – disse determinada.

- Desculpe discordar minha amiga, mas este não é um bom momento para saírem do castelo. – alertou Charlie.

- É minha filha! – disse em desespero Anita.

- Eu entendo sua angustia majestade, mas Charlie está certo, de acordo com o que vemos por aqui o reino está em crise e se o rei e a rainha viajarem por um tempo quando voltarem às coisas podem não estar como vocês deixaram. – alertou Jasper.

Jasper sempre fora um excelente estrategista, pois pensava sempre nos movimentos do adversário.

- Ele está certo mãe... E já que vocês não podem sair eu mesmo vou buscá-la. – disse o príncipe ficando ao lado dos Cullen.

- Não se preocupem majestades, Carlisle é um ótimo médico, muito a frente de nosso tempo, e neste momento a princesa já deve estar bem melhor. – tranqüilizou Emmett.

Após se despedirem, os três companheiros de viagem seguiram rumo ao portal o mais rápido possível, os dois irmãos foram contando ao príncipe a história de sua família e os detalhes de como encontraram a princesa.

[...]

Rose, Alice e Esme foram até a cidade mais próxima arrumar alimentos. Os Cullen moravam perto da Grécia, na época os humanos acreditavam em vários deuses e quando viam da Terra as festas na Lua diziam que era a Deusa da Lua fazendo suas graças, o que eles não sabiam é que existia toda uma vida no astro prateado. Eles também não possuíam conhecimento do portal, apenas seres místicos sabiam a sua localização.

Carlisle procurava pela casa uma pomada para tirar o roxo dos hematomas da princesa, ela estava com a aparência muito boa devido a sua rápida recuperação, mas seus pulsos ainda estavam marcados da corda. O médico procurou por todo canto o bendito remédio, mas quando encontrou, constatou que daria apenas para uma aplicação, então resolveu procurar pela mata as ervas necessária para a produção do medicamento, deixando a encargo de seu filho Edward que desse a princesa o remédio.

Edward subiu as escadas com o pequeno recipiente nas mãos, ele ainda estava muito intrigado por não conseguir ler a mente dela e a única explicação era por ela ser da Lua.

Ao bater levemente na porta Bella não respondeu, o vampiro então a abriu lentamente e percebeu que a princesa dormia tranquilamente. Não pode desviar seu olhar, a imagem era encantadora ela parecia um anjo aos seus olhos. Edward se aproximou vagarosamente da cama sem desviar seu olhar e sentou ao lado da princesa.

O vampiro não conseguiu controlar a vontade de tirar uma mexa de cabelo da frente do rosto de Bella e passou os dedos lentamente pelo seu rosto. O local ficou arrepiado e a princesa soltou um leve suspiro. Edward ficou fascinado ao sentir a temperatura um pouco mais quente que a sua e respirou fundo sentindo o delicioso doce cheiro de seu sangue, estranhamente não quis atacá-la, e sim desfrutar daquele odor. Sua vontade era protegê-la daqueles que a fizeram tanto mal.

Bella estava tendo um sonho maravilhoso com o vampiro que a olhara da porta. Como era possível? Nem ao menos conhecia aquele ser e ele já não saía de sua mente, sentia até o seu cheiro cítrico ao seu olfato apurado e o sentia acariciar-lhe a face. Lentamente a princesa abriu os olhos e sentiu seu coração disparar ao ver Edward sentado ao seu lado a observando, mas não estava assustada e sim emocionada.

- Desculpe alteza, assustei-te? – perguntou Edward preocupado.

- Não, tudo bem. – respondeu Bella corando e olhando para suas mãos, Edward não pode deixar de sorrir com a reação da princesa.

- Como se sente?

- Um pouco melhor. – ao responder ergueu seu olhar e seus olhos chocolate encontraram com os olhos cor de mel esverdeado do vampiro, seu coração bateu em falso e Edward sorriu torto fazendo as pernas da princesa tremerem, mesmo ela estando sentada na cama. – Qual o seu nome? – perguntou ela tentando não gaguejar diante da beleza do ser a sua frente.

- Edward. – respondeu e Bella sorriu lhe estendendo a mão para um aperto.

- Bella. – o vampiro estendeu a mão e pegou a da princesa delicadamente e levou até sua boca dando-lhe um leve beijo fazendo com que uma corrente elétrica passasse por toda a extensão do corpo dos dois.

A princesa corou instantaneamente, enquanto Edward com os olhos fechados saboreava a sensação do calor da sua pele contra os seus lábios. E disse ainda com a boca colada em sua mão.

- O nome faz jus a vossa alteza.

Ao abrir os olhos lembrou-se do motivo de estar no quarto.

O vampiro se curvou em direção a Bella fazendo seu coração disparar e pegou o recipiente que estava no criado mudo, voltou a sentar-se ereto e puxou delicadamente a mão da princesa que não havia largado em nenhum minuto e a espalmou em sua própria mão.

- Não entendo por que fizeram isso com vossa majestade. – comentou abrindo o pote e pegando um pouco da pomada.

- Por favor, me chame apenas de Bella... Estamos sós não é preciso tanta formalidade. – pediu a princesa docemente.

Edward sorriu e passou a pomada sobre as marcas no pulso de Bella.

A princesa estremeceu ao seu toque.

- Então Bella... – o vampiro sorriu olhando em seus olhos, Bella corou, mas sorriu timidamente. - Por que, querem tanto lhe fazer mal?

A princesa desviou o olhar.

- Se não quiser contar tudo bem... – completou Edward rapidamente ao perceber a hesitação de Bella.

- Não, tudo bem... Por algum motivo estranho eu gostaria de contar-lhe... Mas peço, por favor, que não fale nada a ninguém não quero ser o motivo de mais brigas.

- Não se preocupe eu sei guardar segredos. – disse Edward mandando uma piscadela para Bella fazendo-a rir baixinho.

O vampiro pegou a outra mão da princesa para passar o remédio e assim que ele terminou deixou a mão parada para que Bella a retirasse, mesmo não querendo que ela o fizesse... Edward tinha que respeitá-la, afinal ela era uma princesa.

Ao contrário do que Edward imaginou Bella não tirou sua mão de lá e ainda segurou a mão do vampiro entre as suas palmas, como se quisesse apoio e foi o que o vampiro fez. Repousou sua outra mão sobre as mãos não tão quentes de Bella.

- Eles acham que eu não sou princesa de verdade, acham que quero tomar o lugar de minha mãe... – começou ela olhando tristemente para o chão e segurando firmemente as mãos de Edward.

- Quem em sã consciência pensaria algo desse tipo? – perguntou o vampiro descrente.

- Aí é que está à questão, eles não estão em seu juízo perfeito, estão tomando sangue humano e isso os deixa completamente fora de si, pensam que o mundo conspira contra eles... No fim, eles não têm culpa do que fazem.

- Não pense desse jeito. Se eles sabiam o risco de tomar esse sangue, então por que eles tomaram? Eles tinham conhecimento do que aconteceria e mesmo assim o fizeram, então acho que eles têm culpa sim! – disse Edward meio exaltado.

Como ela podia pensar dessa forma mesmo depois de ser torturada e quase morta por eles? Isso era o que se passava na mente do vampiro.

- Talvez você tenha razão... Mas não me sinto bem pensando desta forma... Eu ainda acredito que todos têm sua natureza boa, que não ficam maus porque querem... – explicou ela dando de ombros.

- Isso é por que a senhorita tem um bom coração. – disse Edward docemente.

- Senhorita? – perguntou Bella com um tom divertido, o vampiro então se lembrou da formalidade e gargalhou.

- Desculpe... Você.

Bella o olhou encantada, o sorriso torto nos lábios do vampiro fazia ela se sentir de um jeito muito bom, quente, feliz. Feliz como ela nunca fora antes.

Os dois continuaram conversando durante um bom tempo, cada um contando sobre sua vida.

Eles realmente eram um casal de mundos diferentes, literalmente, mas isso não impediu que uma amizade se formasse. Em uma tarde eles riram mais do que em todos os anos vividos. Compartilharam interesses, histórias e sonhos.

Apenas quando Bella bocejou Edward percebeu que estava na hora de sair do quarto, mas ela não deixou e o vampiro ficou ao seu lado até que a nova amiga adormecesse.

Quando ouviu os pensamentos de sua família se aproximarem da casa Edward soltou as mãos da princesa e desceu para o primeiro andar, apenas sentindo o vazio em seu peito ao estar “longe” daquela que aqueceu seu coração que a tanto temo estava congelado.

[...]

Dali a algumas horas, Jasper, Emmett e Daniel chegariam de viagem e isso não deixava Edward muito feliz, já que isso significaria que Bella voltaria para casa e os dois só voltariam a se ver sabe-se lá quando.

Todos os Cullen gostaram muito da princesa, era como se ela fosse aquela que faltava na família. Era claro para os olhos dos vampiros, que ela e Edward estavam completamente apaixonados um pelo o outro, mas eles evitavam pensar isso para que Edward não se sentisse pressionado e seguisse seu rumo sem interferência.

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Na manhã daquele dia Bella disse a Edward que queria respirar um pouco de ar puro, ela não havia saído da cama em nenhum momento desde que chegou a casa dos Cullen.

- Tudo bem, mas eu vou contigo, ainda está fraca. – disse ele dando apoio com as mãos para que ela não caísse ao levantar da cama.

Ao acordar Rose e Alice já tinham ajudado-a a se vestir. Era um lindo vestido azul no estilo grego.

As pernas da princesa fraquejaram e Edward levou seu braço para as costas de Bella e a segurou firme contra seu corpo. A mão fria do vampiro nas costas nuas da princesa e o contato entre seus corpos fizeram-na estremecer, os dois estavam com a respiração acelerada e o coração de Bella batia forte em seu peito.

- Você está bem? – perguntou em um sussurro Edward, Bella apenas mexeu a cabeça sinalizando que sim.

O vampiro então afrouxou seu braço e deixou que ela ficasse em pé sozinha. Bella enganchou no braço de Edward e os dois foram caminhando até o jardim da casa.

A princesa ficou encantada com a natureza, com o céu, com tudo o que via, nunca tinha estado na Terra, apenas observava o planeta da sacada de seu quarto, sempre achou lindo, mas sua imaginação não fora capaz de chegar nem perto do real aspecto exuberante do lugar.

Escutou um relinchar e virou-se para avistar seu velho amigo trotar em sua direção.

- Trovoada! – disse ela acariciando a testa do cavalo.

- Então este é seu nome. – disse Edward passando a mão na crina de Trovoada.

- Ei! Como ele deixa que você o faça carinho? – perguntou Bella espantada, foi muito difícil se aproximar do cavalo na primeira vez que o viu.

- Eu tenho meu charme. – respondeu Edward brincalhão fazendo sua amada gargalhar.

“E que charme!” – pensou ela voltando seu olhar ao cavalo.

- Obrigada meu amigo. – disse e Trovoada fez seus “lábios” tremerem sinalizando um “não tem de que”.

- Eu o ajudei quando ele estava ferido, então acho que ele confia em mim. – explicou o vampiro dando de ombros e depois voltando seu olhar para a floresta, acabara de escutar pensamentos se aproximando.

Posicionou-se a frente da princesa para protegê-la.

- O que houve? – perguntou ela em um sussurro.

- Posso ouvir pensamentos se aproximando... – disse tenso.

Edward de repente deixou sua posição de defesa, mas a tensão em seus ombros ainda era visível.

- Seu irmão está chegando.

- Jura?! – disse Bella com o sorriso largo não percebendo o desânimo de seu mais novo amigo vampiro.

O príncipe já sentia o cheiro de sua irmã e então aumentou a velocidade, ao avistá-la sorriu largamente, Bella retribuiu e Daniel tirou-a do chão em um abraço apertado.

Jasper e Emmett sorriram para a cena e depois sentiram pena do irmão que olhava para o chão entristecido. É claro que Edward estava feliz por ela, mas seu coração gelado já doía diante ao futuro.

- Dan... Desaperta... Eu ainda estou dolorida. – disse Bella entre gemidos de dor.

- Me desculpe! Como se sente? – perguntou a largando no chão.

- Me sinto quebrada. – disse ela com um sorriso largo e o príncipe fechou a cara para a indiferença da irmã, a mesma lhe mostrou a língua.

Daniel se virou para os vampiros e Edward fez uma reverência se apresentando, então todos foram para dentro de casa.

[...]

O príncipe e a princesa estavam se despedindo de todos, Daniel agradecia pelos cuidados com sua irmã para Carlisle. Mas estranhamente, Bella não estava com vontade de ir, estava com saudades dos seus pais, é claro, mas também não queria se despedir dos Cullen e principalmente de Edward.

Edward sentia-se da mesma forma, queria que a princesa continuasse perto, seu peito doía cada vez que a imaginava longe dele. Depois do vampiro se despedir do príncipe, foi até a varanda e ficou contemplando a lua cheia e imaginando como seria sua existência a partir de agora.

Todos estavam dentro da casa se despedindo, após Bella terminar de dar tchau percebeu que faltava uma pessoa na sala. Deixou seu irmão conversando um pouco mais e foi até a varanda onde via Edward sentado em cima da mureta de madeira. Com as costas e a cabeça encostadas ao pilar, ele estava com seus olhos fechados, uma verdadeira escultura de Deus.

Bella andou lentamente até ele e notou sua expressão de dor, ela entendia perfeitamente o que ele sentia, pois tinha o sentimento exatamente igual ao do vampiro.

Sentiu um aperto no peito, se aproximou mais e pôs sua mão direita na face do vampiro que nem sequer se mexeu, Edward ficou apenas sentindo o calor de sua mão e o cheiro de sua pele. Bella então se aproximou mais ainda e sussurrou.

- Sentirei sua falta.

A princesa então depositou um beijo na face do amado deixando uma lágrima escorrer. Se Edward pudesse chorar ele estaria o fazendo agora. O vampiro não conseguiu dizer nada, nem abrir os olhos e quando decidiu ela já havia ido embora.

[...]

Nas costas do irmão Bella sentia-se triste, pois um pedaço dela iria ficar na Terra, o planeta que agora via no céu da lua, um lindo planeta azul.

Daniel voava com sua irmã nas costas, pois ela estava fraca e seria perigoso irem correndo. Percebeu que Bella estava muito quieta, o que era algo muito incomum, pois sempre que voava com ela a princesa não parava de falar.

- Ei, qual o problema?

Bella se assustou com a pergunta do irmão e limpou rapidamente a lágrima solitária que teimou em escorrer por sua face.

- Nada – respondeu com sua voz tremida.

O príncipe parou seu vôo e puxou sua irmã para ficar de frente para ele.

- O que houve com você antes dos Cullen te encontrarem? – perguntou olhando em seus olhos.

Bella desviou o olhar e respondeu mal humorada.

- Não quero falar sobre isso!

- Bella, por favor, diga quem lhe machucou, nós iremos puni-los!

- Não Dan! Chega disso! Estou cansada de tantas brigas por minha causa!

As lágrimas saltaram dos olhos da princesa e jorraram feito uma cachoeira, seu irmão a olhou com pena e a abraçou tornando a voar em direção ao castelo.

[...]

- Estou bem mãe. – dizia Bella repetidamente para Anita que lhe abraçava e beijava aos prantos.

- Acalma-te Anita, nossa filha está bem. – disse Arthur abraçando a filha e lhe dando um beijo na testa.

- Sim estou bem, mas cansada, será que poderia ir para os meus aposentos? – perguntou a princesa.

- Sim claro meu anjo. – disse a rainha se enganchando no seu braço e a acompanhando para seu quarto. – Eu pedi que preparassem seu banho. – Bella sorriu, talvez a sensação de vazio fosse embora com um banho relaxante.

[...]

Os dias passavam e o aperto no peito de Edward não passava, ele queria tanto sentir de novo o calor da pele dela, seu cheiro, ouvir sua voz.

Alice passou correndo pelo vampiro que estava deitado no jardim contemplando o céu, ela se jogou do lado do irmão.

- Seremos convidados para um baile! – disse empolgada batendo palminhas.

- Uhuuul. – disse Edward monotonamente sacudindo a mão direita em punho no alto como se comemorasse.

Alice fechou a cara.

- Seu humor está horrível! – reclamou brava fazendo o vampiro rir de sua “fúria”, a vampira correu para dentro contar à família o que acabara de ver.

Agora a rotina do vampiro se resumia em ficar a noite inteira olhando para a lua, às vezes ficava no telhado, outras na sacada, algumas na varanda... Não importava da onde, ele apenas observava o astro prateado e deixava a saudade inundar suas lembranças.

Na Lua, Bella fazia o mesmo, da sacada de seu aposento observava a Terra com o coração tomado pela nostalgia.

- Bella? – chamou Anita entrando no quarto.

- Fala pro papai que eu não vou contar nada. – disse Bella sem tirar seus olhos do planeta azul.

Dês que Bella voltou Arthur não aceitava que a filha não queria delatar aqueles que a fizeram mal.

- Seu pai já desistiu disso, ele percebeu que você é tão teimosa quanto ele. – disse Anita rindo de alguma piada interna. – Eu vim para nós conversarmos, faz tempo que não temos um tempinho juntas.

A princesa virou-se sorrindo para mãe e correu em sua direção se jogando em cima da mesma fazendo as duas caírem gargalhando na cama.

- Como foram os dias na Terra?

- Foram muito bons. – respondeu Bella olhando para o teto e sorrindo das recordações com Edward e a família Cullen.

A rainha levantou uma sobrancelha para sua filha, e depois se surpreendeu ao ver o brilho em seu olhar. O mesmo brilho que viu em seus próprios olhos quando conheceu seu marido Arthur.

- Está apaixonada!

A princesa pulou com a afirmação de sua mãe que sorria largamente. Bella ficou vermelha ao perceber o quão estampado estava em seu rosto seu “segredo”.

- Ai me conte tudo minha filha! – pediu Anita se ajoelhando na cama e segurando as mãos da filha, seus olhos brilhavam de empolgação, ela acabará de virar adolescente novamente.

Bella riu e contou a mãe cada detalhe.

[...]

As coisas na Lua se acalmaram, pelo menos era o que aparentava, mas as fofocas e os buchichos continuavam a aumentar.

O baile anual estava próximo, nele todos do reino eram bem-vindos. Um dia antes, o castelo já estava todo enfeitado e pronto para receber as pessoas.

A princesa sempre gostou dessa festa, mas este ano não estava tão animada, pois apenas aqueles que moravam na Lua eram convidados, então ela achava que não tinha nenhuma chance de encontrar Edward e os Cullen.

Naquela noite foi dormir triste, a saudade doía em seu peito e ela não sabia mais o que fazer para aquilo passar.

Bella começou a ter um sonho estranho, e então virou pesadelo. Pessoas no castelo corriam de um lado para o outro, muitos morriam, lutavam, era sangue para todos os lados, viu os Cullen lutando também. Bella girava o corpo tentando entender o que estava acontecendo, as cenas passavam em câmera lenta, até que ela se deparou com os olhos que nunca mais esqueceria... James. Ele a olhava com a loucura estampada em sua testa, a boca formava um sorriso insano, ele então ergueu seu braço na direção de Bella e lançou-lhe uma chama. A princesa não teria chance de fugir, mas algo entrou em sua frente. Ela então viu Edward, seu rosto transmitia paz e seus olhos amor, então sua expressão mudou para dor e o vampiro esfarelou em sua frente virando cinzas.

Dan que estava em seu quarto escutou os gritos da irmã e assim como seus pais correram para o quarto da princesa, os três se encontraram no corredor e logo Charlie se juntou a eles. Abriram a porta desesperados, viram a princesa se debater na cama.

- Bella acorde! Bella! – chamou Daniel a sacudindo, mas a princesa não respondia.

- Filha! Vamos! Abra os olhos! – disse Arthur desesperado sacudindo-a também.

Anita estava em choque ao lado de Charlie, até que algo inesperado para os quatro presentes aconteceu, Bella gritou um “NÃO” e ao mesmo tempo uma força empurrou o vampiro e os três seres na parede. A princesa sentou na cama colocando as mãos no rosto chorando em desespero, seu pai correu ao seu encontro a abraçando, os outros ficaram sem reação sentados ao chão com as costas encostadas na parede, suas respirações estavam aceleradas e milhares de perguntas passavam em suas mentes.

Arthur puxou as mãos da filha para que ele a olhasse em seus olhos, mas quando o fez se espantou. Bella tinha os olhos azuis, eles brilhavam devido às lágrimas e de repente voltaram a ser castanhos. O rei olhou sua filha com ternura.

- Filha, calma, foi só um pesadelo. – a princesa se agarrou em seu pai chorando desesperadamente.

[...]

- O que estamos fazendo aqui Alice? – perguntou Edward sem paciência, todos escondiam algo dele e ele não entendia porque um dia antes do baile eles estavam na frente de dois grandes pilares no meio de uma clareira, todos devidamente vestidos para a ocasião.

- Você anda tão distraído que não leu no convite o local do baile! – disse a vampira erguendo uma sobrancelha.

Edward tirou do bolso e quando leu seu peito se encheu num misto de alegria, saudade e ansiedade.

- Esse é o portal? – perguntou olhando para o espaço entre os dois pilares.

- É sim filho, a festa é só amanhã, mas leva-se um dia para chegar ao castelo. – explicou Carlisle.

Todos assentiram e seguiram viagem, mas diferente de antes, Edward não reclamava mais, apenas ficava com seus pensamentos com seu corpo quase explodindo tamanha ansiedade.

[...]

Finalmente a grande noite chegara, o castelo estava lindo todo enfeitado, e as pessoas chegavam sorrindo.

Os Cullen entraram no salão e logo Anita, Arthur e Daniel vieram cumprimentá-los, o rei e a rainha agradeceram pelos cuidados a sua filha.

Enquanto eles conversavam Edward correu os olhos pelo salão, algumas pessoas dançavam alegres, outras conversavam, outras aproveitavam o banquete, até que finalmente encontrou quem procurava.

Bella estava sentada em seu trono, apoiava a cabeça em sua mão, ela olhava para as pessoas dançando, até que finalmente ela olhou para a entrada e seu olhar se encontrou com o do vampiro. Os dois não puderam evitar o sorriso.

A princesa levantou e foi em direção a eles com o sorriso estampado no rosto, porém sua felicidade não alcançava seus olhos, pois ela lembrou-se de seu sonho e seu coração se apertou.

Edward acompanhou a princesa com o olhar até ela chegar a eles, Bella estava linda com seu vestido cor-de-rosa.

O vampiro se aproximou e beijou sua mão se curvando a ela. Bella ficou vermelha, mas não pode deixar de sorrir. Daniel e Arthur ergueram uma sobrancelha ao mesmo tempo e Anita e os Cullen riram deles.

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Voltaram a conversar, mas o príncipe direcionou seu olhar para a porta e seu queixo caiu, ele olhava para a garota a qual havia se apaixonado. Bella riu e fechou a boca do irmão que revirou os olhos e foi cumprimentar sua namorada Natalia.

[...]

Edward acompanhou Bella até a mesa onde estava o banquete, ela pegou uma uva e continuou andando com seu amigo, colocando o papo em dia.

- Venha, quero lhe mostrar um lugar. – disse ela puxando o vampiro pela mão.

- O que quer me mostrar majestade? – perguntou Edward acompanhando os passos de sua amada.

- Olhe. – pediu a princesa apontando para uma grande janela.

O vampiro ficou encantado com a beleza do lugar, viu da janela uma sacada e abaixo um grande lago, no céu as estrelas pareciam mais brilhantes e no horizonte a Terra “nascia”.

- Aquele é meu lugar favorito. – disse Bella apontado para a sacada.

- É lindo princesa. – comentou Edward sorrindo para ela

A princesa voltou seu olhar para a janela e perdida em lembranças disse.

- Desde que voltei da Terra não deixei de pensar em um só minuto em você, todas as noites fiquei olhando de lá... – apontou para a sacada. -... A Terra, imaginando o que você estaria fazendo...

- Eu fazia o mesmo. – cortou Edward e a princesa virou seu olhar rapidamente para ver a expressão do vampiro.

Ele estava olhando pela janela, tão perdido em pensamentos quanto ela.

- Eu ficava observando a Lua, imaginando como você estaria se estava bem, se estava triste, se estava em perigo, se ria, se chorava... Você não sabe como senti sua falta. – disse a ultima parte finalmente voltando seu olhar para a princesa que agora o olhava com olhos brilhantes.

- Sim eu sei, pois senti o mesmo, senti como parte de mim tivesse ficado na Terra... E realmente ficou... Uma parte do meu coração ficou contigo. – disse ela colocando a mão em seu próprio peito e sorrindo para o vampiro.

- Parte do meu coração também ficou com vossa majestade. – disse o vampiro fazendo o mesmo gesto que Bella fizera há pouco.

Os dois sorriram confidentes.

De longe Daniel e Arthur observavam os dois de braços cruzados e cara fechada, Anita e Natalia os puxaram para dançar.

- Deixe sua filha namorar, ela está apaixonada. – advertiu Anita em quanto dançava com seu marido.

- Ela não tem idade para namorar. – disse o rei fazendo bico, a rainha riu alto.

- Que eu me lembre quando eu comecei a namorar-te eu era mais nova que a Bella... Edward parece ser um bom rapaz, deixe-os.

- Sim ele parece, mas... – a rainha não deixou o rei argumentar e selou seus lábios.

Ao lado o mesmo diálogo acontecia com o jovem príncipe e sua amada.

- Deixe sua irmã namorar em paz. – disse Nati para Dan em quanto rodavam pelo salão.

- Ela não tem idade para namorar. – disse ele fazendo bico exatamente igual ao do pai, Nati revirou os olhos e beijou seu amado fazendo-o esquecer do mundo ao seu redor.

[...]

O baile ainda estava cheio, casais dançavam no salão, muitos apreciavam o banquete, tudo em perfeita harmonia.

Edward finalmente chamou Bella para uma dança, os dois dançavam lindamente, o vampiro conduzia a princesa com maestria, o contato visual nunca era quebrado. Bella estava com o coração disparado e as bochechas levemente coradas, Edward sorria torto para a amada. Nos olhos do casal estava estampado o amor que um sentia pelo outro.

A música finalmente acabou, então Edward teve uma idéia e puxou a princesa pela mão e seguiu rumo à sacada que a pouco Bella lhe mostrara.

http://www.youtube.com/watch?v=-W6RBdXlrzc [Iris - Goo Goo Dolls]

A Terra que agora já estava no alto iluminava o lago e a luz refletia nos rostos dos dois amantes. O momento não permitia palavras. O vampiro então se aproximou lentamente da princesa e tocou seus lábios gélidos nos lábios não tão quentes dela. Bella envolveu com seus braços o pescoço de Edward que enlaçou a fina cintura da princesa, finalmente aprofundando o beijo doce e apaixonado.

Separaram-se ofegantes, ainda com as testas encostadas e olhos fechados, e no momento mais importuno possível Bella lembrou-se de seu sonho e a angustia tomou conta do seu peito. Ela então se abraçou mais forte ao vampiro como quem não quisesse que seus corpos se separassem.

- Bella? Você está bem? – perguntou Edward sentindo o corpo da princesa tremer em soluços abafados.

- Eu não quero te perder. – disse ela com a voz chorosa.

- Você não vai me perder, por que isso agora? – perguntou ele tentando entender o motivo de todo aquele sofrimento.

De algum modo o vampiro também sentia que algo estava para acontecer, só rezava para que nada fosse relacionado à Bella.

A princesa então contou a Edward sobre seu sonho, o vampiro ficou um pouco receoso, mas tratou de acalmar sua amada e dizer que fora apenas um sonho, que nada de ruim iria acontecer, mesmo que seu coração gélido dissesse o contrário.

O casal finalmente voltou ao salão como se nada tivesse acontecido, mas desta vez Bella dançava abraçada com Edward, tinha medo de perder seu agora namorado.

[...]

Em uma mesa os Cullen, Charlie e a realeza conversavam animadamente olhando para o salão. Edward e Bella ainda dançavam agarradinhos.

- Parece que minha filha está completamente apaixonada por seu filho. – disse Arthur para Carlisle que sorriu.

- Sim, e meu filho está perdidamente apaixonado por ela... Dês que ela foi embora Edward não faz mais nada além de ficar olhando para o céu. – disse Carlisle rindo sendo acompanhado por todos.

- Oh! Meus bebes me abandonarão. – fez drama a rainha e depois riu, assim como todos na mesa.

Mas os risos foram interrompidos por um rosnado vindo do salão. Todos voltaram seu olhar para Edward que olhava fixamente para a porta. Pôs Bella atrás de seu corpo e ficou em posição de defesa quando dois seres apareceram na porta, os olhares de todos no reino se voltaram para eles. Os dois estavam com o um manto preto e com os capuzes cobrindo sua cabeça não deixando seus rostos aparecerem, mas apesar da roupa Bella os reconheceu e como reflexo, deu um passo para trás. Eram eles, Lopes e Mello.