Época de Ouro

QUARTO ATO - MALFOY, O EXTRAVAGANTE


A mulher era como eu, linda, maravilhosa, a pessoa que poderia tudo - e um pouco mais -, especialmente em aliança com o Lorde das Trevas. Sabia que ela era perfeita e desejei, com toda a minha alma, que ela pudesse ser minha. Porém, quando finalmente a tive, a decepção foi imensa. Imensa porque Aubrey era verdadeiramente perfeita para mim, mas eu já havia me comprometido... e ela só poderia ser minha em corpo, já que sua alma pertencia ao mais poderoso bruxo de todos os tempos. E também porque, para ela, eu era apenas um brinquedo! De imediato seu porte me chamou a atenção, mas com o tempo tive que obrigar meus olhos a não segui-la. A todo custo evitava observá-la. Era difícil, eu me concentrava e lembrava que poderia admirá-la incondicional e despreocupadamente quando se encontrava no jardim de inverno, pela manhã. Era nosso horário - apenas eu sabia -, mas era o momento em que me deleitava sem receios.

\\t ―Lúcio, meu caro - era o Lorde das Trevas, falando calmamente. - Preciso que fique na mansão esperando por Crabbe e Avery. E assim que chegarem juntem-se a nós em novo desafio.

\\t ―Como desejar, milorde - respondi automaticamente.

\\t ―E... Lúcio - continuou ele, se aproximando lentamente de mim -, Aubrey precisa de um pouco de atenção. Se não for muito incômodo!

Arregalei os olhos, mas sorri por dentro, respondendo quase que atropelando as palavras: “Sim, milorde!”. Então, o Lorde tocou meu ombro, pressionando levemente, e deixou a sala. Era a aprovação que eu precisava. Naquele dia, arrependi-me de todas as escolhas que fiz em minha vida.

― A noite vai ser estrelada! - sussurrou Aubrey.

Eu a desejava tanto e acreditei que ela sentia isso também. Talvez ela me quisesse ali após especular com o mestre sobre mim, sobre quem era Lúcio Malfoy. Ou apenas me queria porque era o que estava à disposição no momento. Não, eu não acreditava que uma mulher como aquela escolhia um homem de tal forma. Não! Ela me queria porque eu era o único interessante depois do mestre. Meus devaneios e suposições não eram finitos, cresciam e morriam a todo instante. Mas eu suportava a condição de “preferido” porque era a mim a quem ela mais dirigia a palavra. Era a mim que fazia as perguntas; que pedia ajuda. Como naquela noite. O sol se pôs, observamos tudo pelas vidraças do jardim de inverno, e quando ela falou das estrelas baixinho, me aproximei, postando-me bem ao lado dela e olhei para o céu.

― Faz tempo que não vimos as estrelas - comentei também num tom baixo, lançando meu olhar para ela, encontrando olhos brilhantes. Observamo-nos por segundos e então sorri. Foi espontâneo. Eu, um homem forte, seguro de mim, sorrindo daquela forma…

Aubrey piscou e sorriu também. Desandei... Peguei-a pelos ombros e a puxei para perto de mim, beijando-a com muita vontade. Ela não se impôs, retribuiu contornando minha cintura com as mãos, abraçando-me fortemente. Não eram meros beijos os que ela me dava, eram pedidos de atenção e carinho. E seus desejos foram realizados quando o longo vestido de veludo caiu no chão suavemente!

But God I miss the girl and I’d go a thousand times around the world just to be closer to her than to me. But how I miss the girl and I’d go a million times around the world just to say she had been mine for a day.