The Reason

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Scorpius Malfoy

Naquela noite ninguém dormiu.

Depois do surto da Cassie, meus pais e meus tios surtaram. Eles falavam rápido sobre milhares de coisas das quais eu não fazia questão de prestar atenção. A única coisa que o meu cérebro conseguia digerir era que algo aconteceria com um Weasley e algo me dizia que era com a minha Rose.

Céus, o que poderia ser?! Vingança, perigo, morte, sangue... Aquilo me assustava! Tudo me assustava. O surto da Cassie, suas palavras, a discussão na casa dos Weasley... O que poderia ter acontecido? O que iria acontecer?

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Rose Weasley

Uma das melhores partes do Natal era a ceia dos Weasley. Ninguém de fora, só a nossa família. Todos nós estávamos na mesa, milhares de conversas estouravam meus ouvidos. Lily lançava-me um olhar mortal do outro lado da mesa. Merlin, por que ela continuava com aquela palhaçada?! Suspirei pesadamente chamando a atenção de Alvo.

- O que foi? – ele perguntou baixinho.

- Nada. – eu disse tentando me esquivar.

- Nunca é nada, tem sempre alguma coisa. – ele disse rolando os olhos verdes.

- Eu e a Lily brigamos. – eu disse cutucando a comida em meu prato.

- Ah, sim. E o que foi dessa vez? – ele perguntou se debruçando na mesa.

- Você conhece a sua irmã e aquele preconceito idiota dela com relação às casas.

- Claro que conheço. É um pé no saco quando meu pai dá aqueles sermões nela e eu tenho que escutar. – ele disse suspirando.

- Então, hoje eu estava conversando com a Rayra Black. – eu disse meio receosa.

- Interessante. – ele disse arqueando a sobrancelha. – Continue.

- O sei pai foi até nós e conversou com ela com todo o respeito do mundo! Mas foi só a Lily chegar que o nível desceu. Eu não sei qual é o problema dela, mas ela acha que todo sonserino não presta. – eu disse indignada.

- Convenhamos Rose, a grande maioria dos sonserinos não presta. Mas você está certa, ela não precisa tratar todos assim.

Uma forte gargalhada de meu pai fez com que olhássemos em sua direção.

- Tá, ta... Sabe o porquê de os Malfoy morarem em casas tão grandes? – Tiago disse. – Por que assim fica mais fácil procurar o cérebro deles.

Praticamente todos na mesa riram. Qual era a graça? Eu não conseguia enxergar. Eu só via a minha família arruinando tudo aquilo que eu sabia.

- O que você acha que eles estão fazendo agora, Tiago? – Lily perguntou me lançando um olhar presunçoso.

- Provavelmente se orgulhando da linhagem sangue puro deles. – meu primo disse secando as lagrimas dos olhos.

- É claro que são sangues puros! – meu pai disse. – Descendem diretamente dos trasgos!

Aquilo foi a gota d’água. Levantei-me e joguei meu copo no chão.

- O que foi Rose? – minha mãe perguntou.

- O que foi? – perguntei alterando um pouco a voz. – Vocês é que foram! Qual o problema de vocês?

Todos estavam em silencio, me olhando como se eu fosse louca. Talvez eu fosse mesmo.

- Nós só estamos nos divertindo Rose. – Tiago disse defendendo-se.

- Qual é Tiago, é Natal! Será que vocês poderiam ter a consideração de deixar os Malfoy um pouco de lado só hoje?

- Vai defendê-los agora Rose? – Líllian perguntou venenosa.

- Cale a sua boca, sua fedelha! – eu disse perdendo a cabeça. – Durante toda a minha vida me ensinaram que os Malfoy sempre eram os vilões. Mas agora vocês é que são! Enquanto eles devem estar se preocupando em se divertir vocês ficam fazendo piadinhas sem graça.

- Oh, a Rose está toda solidaria com os sonserinos. – Lily debochou. – Por que será?

- Líllian. – seu pai a repreendeu.

- Você, sua abominação. – eu disse entre dentes. – Você Líllian é o ser vivente que mais me traz nojo. Você não sabe o que é perdão, nem reconciliação. Você acha que é melhor que todos só por que é uma Potter, mas você não é. Muito pelo contrario, você traz vergonha a essa família. Vocês todos trazem vergonha a essa família. – eu disse pela porta dos fundos em direção a noite fria de dezembro.

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Eu não tinha nada em mente, só caminhava pela neve até os limites da Toca. Eu queria sumir, desaparecer... Morrer.

Scorpius Malfoy

Eu havia cochilado no sofá por alguns minutos, e quando acordei novamente uma mulher muito loira com olhos verdes estava em um canto conversando com meu pai.

- Você acordou. – Cassie disse. Ela estava sentada ao meu lado perto da lareira.

- Oi. – eu disse um pouco receoso.

- Você não vai se afastar de mim, não é? – ela disse me olhando nos olhos.

Seus olhos sempre azuis-anil, agora estavam misturados ao vermelho deixando-os em uma mistura de lilás claríssimo. Engoli em seco.

- Não, você não vai. – ela disse sorrindo abertamente.

Peraí, aquela era a Cassie. Minha priminha, que eu sempre protegi. Eu estava mesmo pensando em me afastar dela?

- É claro que não. Você vai ter que me aguentar por um longo tempo. – eu disse sorrindo de volta.

Ficamos em silencio por um bom tempo até que ela se virou pra mim.

- O que são essas coisas que eu fico vendo? – perguntou.

- Cassie, eu não sei, mas nós vamos ajudá-la, OK? – eu disse tentando passar confiança.

- Quem é Rose? – ela me perguntou baixinho.

- Não sei. – eu disse fingindo indiferença.

- É a garota Weasley. – ela disse dobrando um pouco a cabeça. – Por que eu fico vendo você e ela juntos o tempo todo?

- Juntos como? – perguntei me aproximando dela.

- Brigando... – ela disse colocando as mãos na cabeça. – Fugindo de algo... É muito confuso, mas vocês estão sempre próximos, perto, juntos.

- É ela quem eu devo proteger? – perguntei fazendo-a olhar pra mim.

Cassie piscou muito rápido por alguns segundos e seus olhos ficaram rubros por alguns instantes e ela disse:

- Perigo... Weasley... Rose...

Suspirei. Era mesmo ela.