The Reason

Short list of reasons to kill ... Me


Scorpius Malfoy

Meus tios e meu pai passaram o resto do dia conosco.

Tia Dafne chorou por horas. Luke não acordava e a enfermeira dizia que era comum, mas ela continuava desesperada achando que ele não acordaria. Ela só parou de chorar quando Louise a tranquilizou.

- Fique calma, Sam nunca mais terá filhos. – disse piscando.

Tia Dafne sorriu um pouco e secou as lagrimas dos olhos.

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- Espero que tudo fique bem. – tio Liam disse se despedindo de mim. – Cuide de Cassie por mim, sim? – pediu.

- Claro tio! – respondi sorrindo.

Tia Dafne deu um beijo em meu rosto e acompanhou seu marido para a saída, sumindo na escuridão da noite.

Meu pai e eu ficamos parados em um dos corredores mais movimentados se levássemos em consideração que era hora do jantar. Ele continuava com a expressão sombria da reunião. Parecia estar absorvendo algo.

- O que houve pai? – perguntei.

- Nada com que tenha que se preocupar por enquanto. – ele respondeu esboçando um pequeno sorriso.

Olhei ao redor e percebi que os outros alunos encaravam afastados. Exceto por uma garota ruiva e decidida que caminhava em nossa direção.

- O que você fez a ela? – meu pai perguntou baixo.

- Nada que ela não tenha gostado. – respondi me arrependendo amargamente.

Meu pai me olhou de um jeito estranho e se virou para Rose Weasley.

- Senhor, será que poderia fazer algo por mim? – ela pediu.

- Se estiver em meu alcance. – meu pai respondeu educadamente.

- Preciso entregar isto há meu pai, só que não consigo localiza-lo. – ela disse mostrando uma carta simples, feita em uma folha de pergaminho. – O senhor trabalha com ele, certo?

- No mesmo departamento. – meu pai confirmou balançando a cabeça. – Claro que entrego senhorita.

- Muito obrigada. – ela disse entregando-lhe a carta e sorrindo.

Ela me olhou friamente e se virou. Observei-a se afastar e voltei a olhar para meu pai.

- Supondo que eu não gostarei do que você fez a ela, vou passar no Ministério para entregar isso a Ronald e depois voltarei para casa. – Draco disse batendo a carta freneticamente na mão. – Quando você voltar para casa no próximo feriado, conversamos com calma.

- Você não vai me matar, né pai? – perguntei com medo.

- Veremos. – ele disse.

Ele olhou para mim misteriosamente e saiu andando.

Fiquei parado olhando-o se afastar. Minhas mãos tremiam e suavam. Um sinal de que eu sabia que estava perdido. Engoli em seco e dei meia volta. Os alunos estavam parados me encarando.

- Perderam alguma coisa na minha cara? – perguntei explodindo.

Eles rapidamente se dispersaram dali. Deviam ter percebido que eu não estava pra brincadeira.

Sai dali pisando duro e fui para o gramado. Logo alguém me veria e me mandaria entrar, então fui para trás de uma arvore perto do lago. Eu sempre vinha para cá quando estava com raiva e queria pensar, mas não estava sozinho desta vez. Améllia estava ali. Parecia estar chorando. Ela abraçava suas pernas e soluçava muito.

- Améllia, o que ouve? – perguntei me aproximando devagar.

- Sabe... Sabe por que Alvo Potter passou os últimos dois dias me encarando? – ela perguntou fungando.

Seus olhos verdes estavam inchados e vermelhos.

- Não. – disse baixinho.

- É por que, aparentemente, a irmã dele espalhou para toda Grifinória que eu sou a galinha mais safada da escola que está roubando você da priminha dela! – ela disse chorando. – Então, ele está querendo me queimar por partir o coração dela.

- Améllia... – eu disse me aproximando. – Não ligue para isso!

- Como não ligar?! – ela disse. – Scorpius, você é como um irmão pra mim! É nojento pra mim escutar o que essas pessoas estão falando!

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- Você pode provar que elas estão erradas saindo com alguém. – eu disse me sentando perto dela.

Longe o suficiente para prever quando ela lançaria uma maldição em mim. Mas isso não aconteceu. Ela fungou mais algumas vezes e endireitou sua postura.

- Você tem razão. – ela disse com a voz um pouco roca. – Vou procurar alguém e esquecer isso.

Ela se levantou, limpou a sujeira da saia e sorriu.

- Valeu Scorp. – ela disse saindo logo em seguida.

Me deitei na grama e fiquei observando a noite. Não podia me esquecer de adicionar mais uma coisa a minha lista de Motivos para matar Líllian Potter. Agora eu entendi o que Rose quis dizer quando... Quando nos beijamos.

Caramba! Eu beijei mesmo ela? Eu, Scorpius Malfoy, beijei Rose Weasley? E foi de verdade, não em um sonho surreal.

Eu devia estar virando um maricas. Eu nem se quer voltei a falar com ela depois. Que tipo de homem eu estava sendo ao fazer isso? Ignorando-a?

Contemplei por mais alguns minutos as estrelas e me levantei. Coloqueis as mãos nos bolsos e voltei para as masmorras. Encontrei alguns alunos vagando pelos corredores, mas nenhum de meus amigos. Estava prestes a ir dormir quando vi Bianca, Rayra e Danny conversando em um sofá. Me aproximei e me sentei com eles.

- Hey, sabe o que aconteceu com minha irmã? – Danny perguntou assim que me sentei.

- Sim e não. – eu respondi. – Eu sei, só que prefiro que ela conte. – expliquei ao ver a cara de confuso dele.

Danny deu de ombros.

- Sabe qual a fofoca da ultima hora? – Bianca disse sorrindo diabolicamente.

- Que meu pai está a fim de me matar? – chutei.

- Não. – Rayra corrigiu. – A fofoca é que a Weasley fez uma lista de motivos para o seu pai te matar e que ele vai fazer isso o mais rápido possível.

- Pra começar, aquilo era uma carta para o pai dela. E depois, meu pai vai me matar no próximo feriado. – eu disse afundando no sofá.

- Então é verdade? – Bianca perguntou feliz.

- É. Eu meio que deixei escapar que eu beijei a Weasley. – eu disse pondo as mãos na cabeça.

- Pelas cuecas de Merlin! Você fez o que? – Bianca disse com os olhos brilhando.

- Será que da pra falar mais alto? Acho que o pessoal da Corvinal não te escutou. – eu disse a ela.

- Quando aconteceu? – Rayra perguntou.

- Onde aconteceu? – Bianca perguntou logo depois.

- Foi bom? – Danny perguntou.

As garotas olharem para ele como se Danny fosse um alien e estivesse perguntando sobre as constelações de Marte.

- O que? – ele disse dando de ombros.

Sorri e contei a eles o que havia acontecido. Sobre como tudo havia começado tranquilo e acabado turbulento.

- Não acredito que você fez isso. – Bianca disse com a boca um pouco aberta.

- Nem eu. – eu disse envergonhado.

- Cara, você foi muito, muito estupido mesmo! – Daniel disse.

- Eu sei. – concordei deixando meus ombros caírem. – Eu... Amo ela. E eu sei que o que eu fiz não tem perdão. Mas e o que ela fez? O que ela me disse? Será que é certo mesmo eu continuar alimentando essa paixão sabendo que meu primo está todo arrebentado por culpa da prima dela?

- Você mesmo disse, foi a Líllian, não ela. – Rayra disse sorrindo. – Rose não tem culpa se a prima dela é uma idiota.

- Rayra tem razão. – Danny concordou. – Você não pode esperar uma atitude bondosa de um Potter só por que ele é um Potter. E não se pode esperar que um Malfoy se apaixone por um sonserino só por que ele é um Malfoy.

- Você tinha que dizer mesmo isso, né? – eu perguntei rindo.

- E como fica a Améllia nessa história? – Bianca perguntou pensativa.

- Fica como a... “Minha mais nova conquista.” – eu disse fazendo aspas com as mãos. – Não quero que os outros pensem que ele é minha namorada ou que eu tenho algo com ela.

- Já falou com ela? – Rayra perguntou.

- Sobre isso não. Mas já chegou aos ouvidos dela que Alvo Potter está todo nervosinho por que a Améllia é o motivo da tristeza da Rose. Por que aparentemente, nós estamos prestes a sair em Lua de Mel. – eu disse sorrindo.

- Sério, desisto de entender isso. – Bianca disse levantando as mãos.

- Acho que vou dormir. – eu disse bocejando.

- Vou com você. – Danny disse se levantando.

Ele deu um beijo no rosto de Rayra e me acompanhou até nosso dormitório. Troquei de roupa e me joguei na cama. Queria que o tempo pudesse voltar.