The Reason

Malfoy versus Weasley


Scorpius Malfoy

Meus primos ficaram meios estáticos depois da seleção. Luke estava parado, sem falar ou piscar. Parecia estar petrificado. Louise olhava à todo momento para a irmã.

Eu? Bom, eu estava meio desconfortável. Ninguém que possuía um grau de parentesco comigo além de Sirius Black havia entrado para a Grifinória. Mas Cassie não era necessariamente minha prima, já que ela era adotada. Mas mesmo assim, como ela entrou para a Grifinória? Tinha que ser a Grifinória?

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Cutuquei meu pudim e olhei para a mesa da Grifinória. Cassie estava isolada. As garotas da mesa mantinham certa distancia dela, como se ela fosse uma aberração.

Aquilo me fez ver tudo vermelho. Eu queria arrancar a cabeça delas fora.

Olhei para a mesa dos professores e encontrei Cassidy olhando Cassandra. Ela me olhou por alguns segundos e se levantou. Alguns professores estranharam, mas não fizeram nada. Ela contornou a mesa dos professores e caminhou até a mesa da Grifinória.

Me senti aliviado ao vê-la se sentar ao lado de Cassie. Elas conversavam muito próximas, como se não quisessem que as ouvissem.

Relaxei na banco e voltei a olhar para meu pudim. Mesmo Cassidy fazendo companhia para ela agora, como seria no decorrer do ano?

Me levantei.

- Aonde você vai? – Améllia perguntou.

- Tomar um ar. – respondi.

Caminhei entre os alunos até a saída do Grande Salão, depois fiz meu próprio caminho.

Acabei parando em uma das escadarias que dava acesso a Torre de Astronomia. Sentei-me no batente de uma das janelas e observei a lua. Sempre que eu fazia isso me sentia tranquilo, leve.

- Você não deveria estar no seu dormitório? – alguém me perguntou.

O susto de ouvir alguém depois de tanto silêncio poderia ter me feito cair. Mas não aquela voz; ela nunca me assustaria.

- Eu precisava pensar. – respondi me virando e encarando Rose Weasley.

- Volte antes do toque de recolher. – disse voltando a descer.

Apenas concordei com a cabeça e voltei a encarar a lua.

- Escuta... – Rose disse chamando minha atenção.

Ela estava parada a uns cinco degraus de distancia.

- Eu queria saber se... – disse mordendo os lábios vermelhos. – Deixa.

- Não. Pergunte. – eu disse curioso.

- Eu queria saber se você não se importaria se eu tentasse me aproximar da sua prima. – ela disse insegura. – Eu percebi que as outras garotas não se aproximaram.

- Eu... Ficaria muito feliz. – eu disse sorrindo.

- Ótimo! – ela disse sorrindo também.

- Então, isso quer dizer que nós fizemos uma trégua? – perguntei me aproximando.

- O que você acha? – disse mexendo as sobrancelhas de modo aquisitivo.

- Não. – dissemos juntos.

- Queria te fazer uma pergunta. – eu disse descendo minhas mãos lentamente pelo corrimão da escada.

- Então pergunte. – ela disse.

- Por que você brigou com a sua família? – perguntei tocando seus dedos suavemente.

Um arrepio subiu por meu corpo. Sempre que eu a tocava de alguma forma, isso acontecia.

- Como você soube? – perguntou encarando nossas mãos juntas.

- Responda Rose. – eu disse virando seu rosto para mim.

- Eu briguei com eles por sua causa. – ela disse corando. – Tiago estava fazendo piadas sobre a sua família durante a ceia e eu acabei... Perdendo a cabeça.

- Sabe, eu teria feito a mesma coisa. – eu disse me aproximando dela.

Ela me empurrou suavemente.

- Malfoy...

Seja lá o que ela fosse dizer, eu a calei com um beijo.

Sabe quando você espera um coisa por anos e quando finalmente consegue percebe que era algo totalmente ridículo? Pois é... Comigo não foi assim.

Os lábios dela eram suaves e se moldavam perfeitamente aos meus. A sensação era maravilhosa. No começo ela relutou, mas acabou retribuindo. Minhas mãos ganharam vida; uma se encaixou em sua cintura enquanto a outra trazia seu rosto para mais perto de mim. Seus dedos se enroscaram em meus cabelos, trazendo arrepios constantes.

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Não sei por quanto tempo nos beijamos, mas quando começamos a ficar sem ar nos separamos. Meus olhos permaneceram fechados por alguns instantes. Quantas noites de sono eu havia perdido imaginando como seria beija-la?

Eu sempre achei que a melhor sensação do mundo era ganhar da Grifinória. Eu estava enganado. Beija-la era a melhor sensação do mundo. Não havia duvidas.

Senti Rose se afastando de mim e abri os olhos.

- Como...? – ela disse. Algumas lágrimas começaram a sair de seus olhos.

Foi ai que eu percebi o que eu havia feito. Como eu pude ser tão estupido e não ter me tocado? Por mais que ela tivesse retribuído o beijo, ela continuava me odiando.

- Rose... – eu disse tentando toca-la.

- Não toque em mim. – ela disse entredentes. – Líllian estava certa. Você não presta!

- O que? – eu disse segurando seu braço. – O que aquela pirralha te disse?

- O que estava na cara. Que você e Améllia Zabine estão juntos! – ela disse agora chorando.

- É claro que não! – eu disse indignado.

- Então por que me beijou? – perguntou.

- Por que... Eu gosto de você. – eu disse.

- Mentiroso! – disse soltando-se. – Você só queria aumentar a sua listinha de ficadas.

- Não!

- Sim! – disse apontando-me seu dedo indicador. – Você só queria poder dizer a todos que “carimbou” Rose Weasley.

- Pare de ser tão absurda! – eu disse perdendo minha cabeça.

- Pare de ser tão hipócrita, nojento e mentiroso! Ah é, não dá. Está no seu DNA.

- Você quer falar de DNA? Então vamos falar de DNA. – eu disse avançando pra cima dela. – Você é tão covarde quanto o seu pai; sabe-tudo como a sua mãe; insuportável como todo Weasley é.

- E você é um Malfoy imbecil como todos da sua família nojenta; um trasgo como o bruto do seu pai e um bastardo como a sua mãe.

- Não fale da minha mãe, sua sangue-ruim. – eu disse entredentes.

- Espero que você morra! – ela disse descendo as escadas.

- Droga! – gritei enquanto socava a parede.

O que eu havia feito?