Nessie Pov.

Qual pessoa no mundo suporta musicas de acampamento estúpidas?

Eu, pode apostar não á a melhor pessoa para responder essa pergunta, não sou nenhuma garota que ganha tudo o que quer, mas sempre fui criada em um ambiente limpo e sem muitas sujeiras, entrar em um ônibus cheio de poeira, moscas mortas nos cantos dos vidros e cheio de crianças que acabaram de correr não é alguma coisa que gostaria para sua vida, eu, muito menos.

Depois que cheguei ao aeroporto, fui recebida por uma mulher baixa super simpática, ela tinha cabelos loiros cumpridos, sardas e usava aparelho, era super carismática, recebeu todos muito bem, acabaram por nos dividir em duas turmas, A e B, grande originalidade.

Havia dois ônibus, me sentei do lado de uma garota que olhava para mim a cada cinco segundos, dava uma risadinha e engasgava fazendo um barulho como um porco, ela se apresentou, Mariana, tinha um nome bem comum, conversou comigo durante o caminho todo me perguntando um pouco de cada coisa.Acabou por descobrir que adorava chocolate, pasta de amendoim, era alérgica a morango e que minha mãe era uma estilista, em troca descobri que morava em Nova York, sua mãe era decoradora, adorava brincar ao ar livre, algo que exclui de minha mente a partir do minuto que me fez pensar aonde iria, e amava bichinhos fofos, como filhotes de cães e gatos alem de hamsters.

Acampamento raio de sol, era aqui, com a ajuda de algumas pessoas peguei minha bagagem e levei até minha cabana, lá havia uma garota, Violet.

Violet era o tipo de garota que se poderia ter medo a primeira vista, apesar de ainda ser jovem, na verdade da minha idade, 10 anos, ela usava maquiagem preta nos olhos, roupas escuras e eu poderia escutar o rock que ouvia em um mp5 a 10 metros.

Esse lugar existe para me matar.

Anne Pov.

Não acredito nisso, esse lugar é incrível, foi a coisa mais genial que eu já decidi na minha vida, tirei a bagagem do ônibus velho onde fui conversando com helena e Megan, que descobri serem minhas colegas de quarto, quando vi Helena pela primeira vez dentro do ônibus pensei que iria odiá-la a primeira vista, ela é aquele tipo de garota que tia Alice iria amar, delicadinha demais, nojenta demais, mas isso era porque ainda não tinha se acostumado com o acampamento raio de sol.

Helena e Megan eram super legais, cada uma de seu jeito, Megan era mais despojada de um jeito único e também a menina mais forte que já havia visto, ela conseguiu tirar minha bagagem com um puxão de uma pilha de 35 malas, eu nunca conseguiria aquilo, mas ela conseguiu e com glorificações de minha parte.

O sinal do almoço tocou, só agora havia me tocado o quão faminta estava, entrei na fila e foi pegar meu almoço, uma coisa que se aprende com o tio Emmett é saber comer de tudo, eu já vi ele comendo um pedaço de pizza com uma mordida, e olha que a pizza estava dividida em duas.

Peguei dois sanduíches, sucos e fui na fila das frutas, vi uma maçã apetitosa em minha frente, a única coisa que parecia gostosa alem da maçã era uma pilha de morangos suculentos, mas a não ser que quisesse virar uma bola vermelha gigante eu não me atreveria a pegar um, fui diminuindo o caminho de minha mão até a ultima maçã da pilha até que encontrei uma mão no meio do caminho, e ela queria minha maçã.

-ei, essa maçã é minha.

-não é não, não vi seu nome nela, agora se me der licença.

Ela que estava com o rosto coberto pelos cabelos se virou de costas pra mim, a puxei pelos ombros, eu nunca recusava uma briga, mesmo que fosse por um motivo idiota, ela se virou em minha direção e foi aí que eu tive a maior surpresa da minha vida.

Não podia ser real.