Castlecalibur 3: Acampando

PARTE 8: o charme da Lenda


Meia hora depois, Leon começou a desconfiar que estava sendo seguido. Olhava pra trás e não via nada.

- Ele tá desconfiado... – comentou Hector.

- Se você não fizer tanto barulho, ele não vai descobrir. – disse Trevor, empurrando Hector para o chão no momento em que Leon virou para trás.

Os dois seguiram acompanhando o rapaz de longe e se escondendo nas árvores e pedras cada vez que ele olhava para trás.

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- Muito estranho... – disse ele, chegando no acampamento.

Foi até a tenda de Mathias e entrou.

- Leo, até que enfim! Eu já tava preocupado! Onde andou? – quis saber Mathias.

- Eu encontrei dois companheiros de Castlevania e acabei seguindo com um deles. Mas aí descobri que eles estão atrás de você, Mat! É melhor a gente fugir!

- Bem que a Hilde disse que havia caça-vampiros por aqui... mas não se preocupe. Amanhã a gente volta pra casa.

- A-há, então é aqui que se esconde o terrível Conde Drácula! – disse Hector, entrando na tenda seguido de Trevor.

- Conde Drácula, sim, mas terrível, não. Que mal lhe fiz? – quis saber Mathias.

- Você teve uma vida cheia de perversidades e amaldiçoou a vida do seu forjador número um só porque ele pediu demissão, cansado que estava de colaborar com suas crueldades. Vim aqui para acabar com você mais uma vez. – disse Trevor, em tom calmo, mas decidido, empunhando o chicote.

- Ahn... Belmont? – chamou Hector.

- Sim? – disseram Leon e Trevor ao mesmo tempo.

- Ele. – e Hector apontou para Trevor. – Eu acho que ele não é o Conde Drácula. Trabalhei dez anos pro Conde e ele não tinha essa cara.

- Eu sou o Conde Drácula, e você nunca trabalhou pra mim! – revelou Mathias.

- Realmente... você não é o Drácula que eu derrotei três anos atrás. – disse Trevor, analisando bem as feições de Mathias. – Ele tinha cabelos longos e brancos, barba grossa, e pele enrugada...

- Então você deve estar falando do meu tio. Ele morreu há três anos, deixando o título de Conde para mim.

- Então foi isso... – disse Trevor, com sua voz baixa e séria. – Desculpe a confusão.

- Ei, que zica é essa aê...? – quis saber Amy entrando na tenda sem avisar, curiosa que estava com aquelas vozes estranhas.

Hector e os Belmont, que estavam de costas para a entrada, viraram-se para ver a menina.

- Amy, esses são Hector, o Forjador de Demônios e esse é meu colega de clan Tr... – começou Leon, mas ela o interrompeu.

- Trevor Bemont, a Lenda?!?!?! – disse ela, incrédula. – AHHH, EU TE AMO!! – e ela se grudou com tudo no rapaz, apertando-o em um abraço de urso. – Eu sou sua fã! Me dá um autógrafo!! LINDOOOO!

Trevor, sufocando devido a forte pressão em seu diafragma, limitou-se a tentar respirar.

Hilde, que ouvira os gritos na tenda do lado, entrou sem avisar.

- Amy, que gritaria é essa? Largue esse moço... – pediu ela.

- Hilde, é o Trevor Belmont!!! – disse Amy, soltando por um segundo o rapaz.

- A Lenda?!?! – perguntou Hilde, de queixo caído. – AHHH, EU SOU SUA FÃ!! CASA COMIGO!!! – e Hilde agarrou-se no dito cujo, seguida de Amy, que a imitou.

- Eu não sei o que elas vêem nele... – revelou Hector, assombrado.

- Deve ser o sobrenome. – concluiu sabiamente Leon.

- Mathias, o Leon já chegou? – perguntou Siegfried, entrando na tenda.

- Olha, Siegfried!! – disse Amy, com uma voz extremamente aguda e dando pulinhos de alegria.

- Trevor, A Lenda!! – completou Hilde, fazendo a mesma coisa que Amy.

- Belmont, The Legend?! – disse Siegfried, lembrando da música. – CARA, EU SOU SEU FÃ!!! – e Siegfried abraçou o rapaz com toda sua germânica força. – Depois do Príncipe Rafael, você é meu herói!

- Chega, vocês tão matando ele! – exclamou Mathias, separando Trevor de seus três fãs.

- Obrigado... – agradeceu A Lenda com um fio de voz, assim que pode respirar.

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- Bom, agora eu tenho que ir. Preciso procurar o Isaac... tenho assuntos a tratar com ele. – revelou Hector, saindo da tenda.

- Eu também tenho que voltar pra minha tenda. – disse Sieg e saiu.

- Eu também. – disse Trevor. – Com licença e até mais.

Trevor saiu da tenda mediante suspiros de protesto de Amy e Hilde. Mas foi só colocar o pé para fora que uma legião de fãs, dentre eles Bayonetta, Jeanne, Trish, Kyrie, Mileena, Kitana, Sindel, Jade, Amy Rose, Zelda, Rinoa, Aerith, Sephiroth, Peach, Daisy, Toadette, Shanoa e Maria, saíram correndo atrás dele. O rapaz limitou-se a correr muito velozmente.

- Pra quem enfrentou a legião das trevas, ele até que tá se saindo bem. – argumentou Jean-Eugène a Rafael, que observavam Trevor correndo para lá e para cá seguido de uma multidão.

- Eu não sei o que elas vêem nesse cara... – desabafou Rafael, um tanto enciumado com o sucesso alheio. – Ele anda desarrumado, usando essas roupas um tanto surradas, as botas sujas de terra... aposto que nem escova o cabelo. Eu sou bem mais limpinho que ele.

- Talvez a cicatriz seja o charme. Harry Potter também faz sucesso.

- Que cicatriz nada! O Siegfried também tem a cara rachada no meio e faz menos sucesso que o Kilik. – argumentou o despeitado francês referindo-se à sutil cicatriz na face de seu colega de jogo.

- Mas conseguiu a vaga de protagonista do Soul Calibur. – argumentou Jean-Eugène.

- É, tem razão... – admitiu Rafael, e entrou em sua tenda.