Contos sem Fadas

Doentio Amor Traiçoeiro


Os raios de sol já inundavam quase completamente o quarto e a janela aberta permitia que uma leve brisa esvoaçasse as levese alvas cortinas do quarto. Na cama de casal, a jovem de longos cabelos negros começava a entreabrir os olhos, logo dando falta se algo. De um certo volume ao seu lado. Sentou-se e analisou o vazio, onde antes havia seu namorado apenas lençóis amarfanhados haviam restado.

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Suspirou, fechando a mão e apertando o lençol entre seus dedos. Ódio era o que sentia, pena de si mesma... Mas então porque não conseguia deixar de amá-lo tanto assim?

A mesma jovem estava agora no supermercado, pretendia fazer um jantar romântico para o namorado. Ainda era meio cedo, por volta das sete horas, mas queria fazer algo mais elaborado a fim de impressionar seu amado. Pagou as compras e saiu extremamente animada, porém tanta alegria durou pouco.

Ela acabara de flagrar o jovem abraçado, sorrindo e de cochichos no ouvido com outra jovem, muito bela por sinal, andavam despreocupadamente pela rua. Raiva, e eles ainda tinham coragem de fazer algo assim tão perto de sua casa, em um lugar público onde todos conheciam a ambos.

Há noite ele não apareceu, disse que tinha de estudar para um teste no outro dia e precisava estar descansado. Mentira, eram da mesma escola, a garota ligara para uma colega do loiro e ela lhe confirmara que não havia teste algum.

No dia seguinte que se encontraram terminaram o relacionamento.

Uma semana depois, no entanto, encontraram-se por acaso na biblioteca, Ele sabia que ela estaria lá. Ela sabia que este fora um ato proposital. Ambos sabiam a que este ato os levaria. Os dois deixaram-se levar por suas fantasias, frustrações.

Apenas um toque e a jovem arrepiou-se, embora o loiro fosse um ano mais novo a fazia sentir como uma garotinha. "Sumimasen" foi o cochicho desferido em seu ouvido a fazendo corar. Quando deu por si já haviam se beijado e encontrava-se totalmente nos braços do outro.

Não era ingênua, a garota sabia que não era amada por ele e que certamente, cedo ou tarde ele a trairia novamente. Se não com a mesma, com outra. Talvez mais nova ou mais velha, provavelmente mais bonita do que ela. Não pensava nisso, no entanto.

Talvez, apenas talvez ela pudesse amar por ambos, traindo a si mesma por alguns poucos momentos de felicidade. Provavelmente eles não poderiam compensar as noites em claro, as ligações "Onde você estava ontem à noite e com quem?", as lágrimas... Mas ela tentaria, pois seu amor era sincero.

Um amor quando sobrepõe o amor é próprio é um amor doente. Quando não é recíproco, torna-se um câncer que mata lentamente.

Um ano depois ela novamente acordou sozinha, muito tempo havia se passado desde que isto ocorrera pela última vez. Ela sabia, porém, que a razão era a mesma.

"Onde você esta?"/

"Não sei se irei voltar para hoje a noite"/

"Entendo..."/

"Gomen" Tu-tu-tu-tu...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.