46 – Expulsão ou aniquilação, companheiros?

- ... ele estava falando com o garoto! – exasperei. – Falou tudo sobre como eles estavam planejando atacar os Extras!

- Pode ir mais de vagar?! – resmungou Fred.

- Temos que falar com Amentia. – retorqui.

- NÃO! – gritaram todos juntos. – Vão saber que saímos do campus! Estamos sujeitos á expulsão!

- Preferem serem expulsos ou morrer, cabeças de vento?

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- Ele estava bêbado, Benny... poderia ser uma alucinação dele talvez. – sugeriu Joe.

- Eu tive a mesma visão com Tyler, quando me transformei. Sei bem o que significa! Isso vai mesmo acontecer! – berrei alto.

- Acho que Claire tem razão. – disse Sharon de má vontade.

Todos olharam para ela incrédulos.

- Como?!

- É. Eu prefiro ser expulsa, a morrer... Podemos salvar mais pessoas. Quem sabe?

- Elas estão certas... – concordaram Tyler e Laster juntos, se encarando nada educadamente. Testosterona aumentando no recinto! Pelos anjos da Prada! Esses caras nunca cansam?!

- Mas... Podemos dizer que foi um cara que entrou aqui no campus e... talvez Benny tenha esbarrado com ele por acidente! – planejou Hope.

- Nenhum humano, nunca entra no campus. É fora da lei, e ainda eles podem sair daqui mortos, se é de nossa vontade... – rebati.

- Mas e o namorado da Z? – sugeriu Fred. – Ele era humano, poderia ter vindo procurar a Z, quando ela parou de visitar ele.

- Z morreu á muito tempo. – retrucou Hope cética – Amentia não vai deixar barato...

- Eu assumo o risco. – falei por fim.

- NÃO! – Joe, Laster e Tyler berraram juntos.

- Calem a boca, OS TRÊS! – grunhi. – Ariela viu Afrodite roubando meus sapatos, ela tem provas de que eles eram meus favoritos. Sou louca por sapatos. Posso dizer que fui comprar um par novo de Jimmy Choo’s desesperada, e acabei cruzando com um cara.

Silencio.

- Ao menos vai fazer algo certo. – resmungou Sharon – Uma vez na vida.

- CALADA. – grunhi.

- Você não manda em mim ó-grande-filha-de-Éphira! – ela se levantou.

O ar á minha volta começou a ficar denso, a areia desgrudando aos poucos da minha roupa, e as mãos de Sharon se incendiaram.

- Epa, epa, epa... – interferiu Laster, com óculos novos. – Por favor, não se matem!

- Agora... faz sentido, não faz? – Melanie falava sozinha em um canto, brincando de ligar e desligar uma lâmpada com o dedo.

- Mel?

- A síndrome de Apollo! – ela disse com os olhos esbugalhados. Melhor ela não fazer isso mais... Nada atraente, companheiro...

- Acha que toda aquelas suas premonições são... Sobre isso? O ataque contra nós? – indagou Tyler, com cara de idiota. Admitam companheiros, Tyler é um idiota.

- Alguém ainda tem alguma dúvida quanto á isso? – Fred rolou os olhos.

- Acho que nossa decisão está tomada. – falei – Éphira talvez impeça Amentia de me expulsar, isso se ela mesma, não arrancar meu pescoço. – sorri.

- Eu vou com você, Benny. – Joe disse, depois de ficar muito calado.

- Hã?!

- Amentia sabe que eu não deixaria você sair sozinha. Eu sou seu Guardião, lembra? Qualquer monstro, coisa ou pessoa que atacar você, eu tenho que lhe proteger. – ele me olhou com coragem – Eu disse que não estava sozinha. E... não vai estar.

Ele me abraçou. Joe era um cara... UGH! Como não se sentir segura com ele por perto? Ele faz tudo parecer uma brincadeira...

- Então... o que estamos esperando? – falei bufando.

- Vamos lá, então. – Joe engoliu seco, e deixamos o resto do pessoal em nosso dormitório.

Entramos no elevador – ainda molhados e cobertos de areia. Sentei em um canto e Joe ficou ao meu lado.

- Benny. – ele me abraçou e beijou minha testa – Só quero que saiba que... Eu sou completamente louco, por você, maníaca das árvores.

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Olhei pra ele sorrindo, como uma idiota. Quê podia dar errado quando se tem um companheiro de quarto, completamente gostoso e perfeito?!

Passei os dedos por entre seus cachinhos dourados, cheios de areia e água salgada, e o puxei para mim. Nem Laster, nem Tyler, conseguiriam fazer o que Joe faz comigo. Ninguém eu acho.

Quando foi que eu virei tão... melodramática, hãn?

Beijei Joe, com vontade. Sentido cada espaço de pele, sendo tocada por meu adorável cubo de gelo...

Ele me abraçou e me apertou mais. Em segurança.

- Vamos, depois continuamos com isso... – Joe me levantou e saímos do prédio em direção ao arranha-céu de Amentia.

Devia passar da meia noite. As estrelas estavam sendo escondidas, pelas nuvens tempestuosas que cobriam o céu. Meus nervos estavam atordoados... naturalmente, quando eles não estavam?

Entramos no prédio e subimos o elevador – do qual eu subia todos os dias para ter aulas com meus pais. O elevador subiu. Eu e Joe estávamos apenas de mãos dadas. Unicamente o que podíamos fazer.

O elevador parou e a porta se abriu. Amentia estava em um canto assistindo á algum filme e bebericando uma xícara de café.

- Gallatea? Joseph? – ela nos olhou atordoada – O que vocês fazem aqui á essa hora?!

- Vamos salvar a vida de todo mundo, Amentia. – respondi engolindo seco.