<p>- Para! AAHH! PAARA! - Os gritos que vinham do quarto se espalharam por toda a casa. - Isso d&oacute;i muito!</p> <p><span> </span>- Fica quieto! Eu tenho que fazer! Se n&atilde;o a dor nunca vai passar!</p> <p><span> </span>- Mas assim s&oacute; esta piorando! - Disse o menino olhando para a namorada, sim , namorados, eram isso agora, bom, era pelo menos o que parecia, ela lhe trocava os curativos, sem muito jeito, fazendo com que realmente doesse bem. - Voc&ecirc; &eacute; linda... Mas realmente nunca deve tentar ser m&eacute;dica ou enfermeira. - Ele sorriu para ela, tendo certos pensamentos um pouco impr&oacute;prios com seu querida Hinata vestida de enfermeira. - A n&atilde;o ser... - Por&eacute;m antes que terminasse viu o olhar desaprovador da menina de olhos cor de p&eacute;rola que j&aacute; previa o que ele diria.</p> <p><span> </span>- E eu achava que voc&ecirc; sempre seria o Gaara-kun calado e forte, mas o que estou vendo &eacute; um pervertido que nem aguenta trocar umas simples ataduras.&nbsp;- Ela deu um sorriso de lado, realmente era algo engra&ccedil;ado estar naquela situa&ccedil;&atilde;o.</p> <p><span> </span>- Eu sou pervertido? A culpa &eacute; minha se voc&ecirc; de repende est&aacute; tentando me torturar com a desculpa de curar meus ferimentos? Al&eacute;m do mais voc&ecirc; n&atilde;o era algu&eacute;m de muitas palavras... Acho que era por que nunca terminava um frase sem&nbsp;gaguejar...</p> <p><span> </span>- CHATO. - Ela largou a perna do garoto sobre a cama, sem o m&iacute;nimo cuidado, fazendo ele dar um gemido de dor. Ela nem se quer virou para ele, realmente odiava quando se referiam a seu pequeno, nem t&atilde;o pequeno, problema de timidez.</p> <p><span> </span>- Desculpa... - Ele disse em um quase miado no ouvido da namorada, se aproximando dela com certa dificuldade e com o bra&ccedil;o bom a puxando para junto de si.</p> <p><span> </span>Com esse gesto o rosto da menina ficou completamente vermelho e ela sentiu todos os pelos de seu corpo se arrepiarem. Ela realmente n&atilde;o sabia o que fazer, ele nunca havia falado de uma maneira t&atilde;o provocante com ela, principalmente vendo pelo fato, de que namoravam h&aacute; apenas uma semana, isso se contasse do primeiro beijo que deram, mas se fossem ver por um pedido formal, ainda eram somente amigos, com uma certa dose de mais que amizade.</p> <p><span> </span>- Ga-ga-gaara-kun... - Ela gaguejou sem saber bem o que dizer.</p> <p><span> </span>Ap&oacute;s terminar sua fala sentiu a m&atilde;o quente e forte do garoto lhe puxar ainda mais para perto. Aquilo a deixava realmente aoniada. E antes mesmo que percebesse j&aacute; havia se levantado com o rosto totalment rubro de constrangimento.</p> <p>- J&aacute; vai embora? - Ele perguntou, meio sem express&atilde;o, como de costume, por&eacute;m com certo desjeo que ela respondesse que n&atilde;o.</p> <p>- Mi-minha m&atilde;e disse para eu ir pra casa logo. Afinal, n&atilde;o &eacute; legal um menino e uma menina, que mal come&ccedil;aram a... - Ela n&atilde;o soube continuar a frase, afinal, t&eacute;cnicamente n&atilde;o eram namorados ainda, na verdade, somente haviam se beijado algumas vezes, tudo bem que algumas muitas vezes, mas s&oacute; isso. - Sair... - Ela improvisou com o que lhe veio a cabe&ccedil;a no momento. - Ficarem sozinhos em casa, sem ter ningu&eacute;m. Sabe como minha m&atilde;e e meu pai s&atilde;o controladores comigo n&atilde;o &eacute;?</p> <p>- N&atilde;o intendo... - Ele disse, sem nem ter percebido que ela se engasgara no que dizer na frase. - Sua irm&atilde; pode tudo.</p> <p>- Acho que &eacute; por que eu sou a mais velha e a herdeira... Sei l&aacute;... E tem que ver pelo fato de minha irm&atilde; fazer a maioria das coisas escondida.</p> <p>- Claro... Bm, mas qual o mal de voce ficar s&oacute; mais um pouquinho?</p> <p>- Realmente n&atilde;o posso ficar. - Ela abriu a porta do quarto, e sabia que pela distancia que estava dele, nunca seria impedida de ir, mas de certa forma tinha uma uma pequena vontade de que fosse.</p> <p>- Voc&ecirc; &eacute; m&aacute;. Abandonando sozinho um enfermo.</p> <p>- Ora... De-deixa de ser crian&ccedil;a, nunca foi de brincadeira, sabe muito bem que tenho mesmo que ir.</p> <p>- Est&aacute; comedo do que eu posso fazer com voc&ecirc;, &eacute;, senhorita Perfei&ccedil;&atilde;o?</p> <p>- Ca-cla-claro que n&atilde;o. - Ela disse ficando totalmente vermelha vendo o tom de voz sedutor e ao mesmo tempo divertido do garoto.</p> <p>- Sei. - Ele recobrou seu tom de sempre, o que a deixou meio preocupada, pois ficava feliz ao ver o quanto ele havia evoluido no fato de ser uma pessoa t&atilde;o fria.</p> <p>- Talvez... E-eu posso ficar mais um pouco. - Ela disse entrando um pouco mais no quarto e logo depois se sentando ao lado dele na cama.</p> <p>- Hum... - Ele realmente n&atilde;o soube o que dizer, ela o surpreendia mais a cada instante, nunca imaginou que simplesmente falando com ela, conseguiria a convencer a ficar.</p> <p>Ela n&atilde;o aguentou fiar ali em sil&ecirc;ncio por muito tempo, e antes que percebesse deitou a cabe&ccedil;a no peito semenu do garoto, que quase impercept&iacute;velmente arregalou os olhos, e mais inpercept&iacute;velmente sorriu logo ap&oacute;s, passando a m&atilde;o pelos cabelos dela.</p> <p>Ele ent&atilde;o levantou o rosto dela e a beijou, com ternura, com amor, realmente aquele fora um beijo &uacute;nico, diferente de todos os que haviam dado, era como se ele tivesse sido o primeiro, pois ele foi cap&aacute;s de dizer tudo que ambos n&atilde;o conseguiram naquele momento.</p>